Brasil lidera casos de phishing: saiba por que os ataques digitais estão crescendo

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 8 de setembro de 2021 às 13:30
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Segundo o levantamento, foram registradas mais de 173 mil tentativas de infecções – média de cerca de 20 bloqueios por hora na América Latina

A segurança do trabalho remoto precisa ser levada a sério e a pirataria deve ser removida das casas e ambientes empresariais.

O Brasil está cada vez mais vulnerável a ataques cibernéticos.

Um levantamento anual feito pela equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina mostrou que eles cresceram 23% no país nos oito primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O relatório leva em conta os 20 malwares mais populares. Juntos, eles totalizaram 481 milhões de tentativas de infecção – média de 1.395 bloqueios por minuto.

A conclusão dos especialistas é clara: a segurança do trabalho remoto precisa ser levada a sério e a pirataria deve ser removida das casas e ambientes empresariais.

Ataques por minuto

Segundo o portal 6 Minutos, a tendência de crescimento é verificada em todos os países da América Latina – exceto pela Costa Rica, com queda de 2%.

A lista é liderada por Equador (75%), Peru (71%), Panamá (60%), Guatemala (43%) e Venezuela (29%). No total, a Kaspersky registrou 2.107 ataques por minuto dos top 20 malware na região.

Neste quesito, o Brasil lidera com 1.395 tentativas de infecção por minuto, seguido por México (299 bloqueios/min), Peru (96 bloqueios/min), Equador (89 bloqueios/min) e Colômbia (87 bloqueios/min).

O que pode estar favorecendo essa escalada de crimes?

O uso disseminado de programas piratas na região. “Quando analisamos os bloqueios realizados por nossas tecnologias, identificamos famílias de malware que nos permitem dizer que os internautas latino-americanos procuram as ameaças, pois são disseminadas por meio da pirataria de programas”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina.

O especialista destaca ainda os golpes usando PDF e trojans web que roubam dados de cartões de crédito.

“O interessante destes ataques é que não há infecção no computador da vítima. O código malicioso está presente na loja online ou banco, e ele efetuará o roubo enquanto o visitante digita suas informações“, explica.

Bestuzhev ressalta que esses ataques web tornaram-se o principal vetor de infecção – tanto para clientes Windows, quanto para Mac. Porém, para estes outros usuários, os adware e mineração maliciosos são as principais ameaças para o sistema operacional Mac OS.


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