Terceira dose é indicada para vacinados com CoronaVac a partir de 55 anos

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 24 de agosto de 2021 às 16:00
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Pessoas acima dos 55 anos recuperadas pela infecção natural apresentaram até 6 vezes mais anticorpos do que os indivíduos com a mesma idade que haviam sido vacinados

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Estudo brasileiro foi realizado pelo InCor e Faculdade de Medicina da USP

 

Uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 é recomendada para indivíduos com 55 anos de idade ou mais que foram imunizados com CoronaVac, aponta estudo conjunto realizado pelo Instituto do Coração (InCor) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo, publicado como pré-print (versão prévia sem revisão dos pares), tinha como objetivo avaliar como o sexo e a idade dos indivíduos poderiam impactar na resposta à vacina.

A CoronaVac foi a primeira vacina contra a Covid disponível no Brasil e, por isso, foi utilizada nos grupos que, na época, foram considerados mais vulneráveis: idosos e profissionais de saúde.

Para compor o estudo, foram avaliadas amostras de sangue de 101 pessoas (das quais 42 tinham mais de 60 anos) completamente vacinadas com a CoronaVac; 72 pessoas que se recuperaram da doença e adquiriram anticorpos por exposição e 36 pessoas que compunham o grupo de controle, ou seja, não foram nem vacinadas e nem infectadas pelo vírus.

Estudos de 3ª dose no Brasil

Em julho, a Anvisa autorizou estudos de terceira dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer.

Na ocasião, a agência esclareceu que “ainda não havia estudos conclusivos sobre a necessidade” de mais uma aplicação dos imunizantes disponíveis no Brasil.

Sobre os estudos de terceira dose no país:

Pfizer: investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.

AstraZeneca (nova versão): a farmacêutica desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).

AstraZeneca (usada no país): avalia a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.

CoronaVac: o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac.

O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos.

Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.

*Informações G1


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