Picaretagem virtual: pesquisa revela que golpes via internet assombram brasileiros

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 28 de julho de 2024 às 18:00
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Maioria teme violação de seus dados pessoais; golpistas inventam golpe de tudo que é jeito

Uma pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que a grande maioria dos brasileiros já sofreu tentativa de fraude de seus dados pessoais ou conhece alguém que tenha sido vítima desse tipo de crime virtual.

A maior parte dos brasileiros também teme violação de seus dados pessoais. Os dados foram revelados no estudo Segurança de Dados no Brasil – Febraban/Ipespe.

Para 91% dos entrevistados, esse tipo de crime aumentou durante a pandemia e se manteve após o retorno das atividades dos brasileiros.

A pesquisa revela que os próprios entrevistados ou familiares foram vítimas desses crimes, sendo as situações mais comuns aquelas que envolvem recebimento de mensagens ou ligação telefônica.

Os golpes

Por essa abertura é feita a solicitação fraudulenta de dados pessoais ou bancários (43%) e pedido de depósito ou transferência de dinheiro para amigo ou parente (34%).

Também foram citadas entre essas tentativas de fraudes a cobrança fraudulenta ou compra indevida no cartão de débito ou crédito (29%).

Também a invasão do e-mail ou das redes sociais, com alguém assumindo o controle de sua conta sem sua permissão (18%); a clonagem de celular ou WhatsApp (18%); a tentativa de abertura de linha de crédito ou solicitação de empréstimo usando seu nome (15%); e a invasão e acesso a dados bancários (14%).

Receio justificado

A grande maioria das pessoas analisadas nessa pesquisa (86%) diz ter medo de ser vítima de fraudes ou violações de seus dados pessoais.

E um terço dessas pessoas da pesquisa disse acreditar que está menos segura em relação a seus dados pessoais (33%).

Elas estimam que, nos próximos cinco anos, essa segurança dos dados pessoais vá evoluir (54% disseram acreditar nisso).

“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas também grandes corporações e instituições públicas e privadas”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban, ao comentar a pesquisa.

Privacidade?

Entre os entrevistados, a maioria deles também considera que a privacidade nos meios eletrônicos é mito (59%) e que suas informações podem ser acessadas por outros.

Cerca de 79% dessas pessoas mostraram preocupação em como as empresas e instituições tem utilizados seus dados pessoais, percentual que é maior do que a preocupação gerada em relação aos governos (60%).

A pesquisa demonstrou ainda que apenas 11% das pessoas entrevistadas conhecem muito bem as leis de proteção de dados e que 45% conhecem mais ou menos essas leis.

Crescimento

Segundo dados da Febraban, os ataques de phishing, tentativa de roubo de senhas e de dados pessoais pela internet, cresceram 100% no primeiro bimestre deste ano em relação ao ano passado.

Já os golpes da falsa central telefônico e do falso funcionário do banco cresceram 340%.


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