O caso, que causa revolta por acontecer nesses tempos, é investigado desde início de junho, depois que denúncias foram feitasao Ministério Público Federal do Trabalho
Alojamento em Pedregulho (SP), onde trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados: volta à Idade Média (Foto: G1/EPTV)
A Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho estão em Pedregulho, investigando uma caso de trabalhadores submetidos a uma situação análoga à escravidão.
O caso, que causa revolta por acontecer nesses tempos, começou a ser investigado no início de junho, depois que denúncias foram feitas e uma ação de fiscalização mostrou que a situação poderia ser diferente do que parecia. Federal.
“Quero ir para casa”, diz mulher encontrada em trabalho análogo à escravidão em Pedregulho.
Após enfrentar uma viagem de 1,2 mil quilômetros em um ônibus com 70 pessoas e passar quase 50 dias vivendo em condições precárias em uma fazenda de café em Pedregulho (SP), a lavradora Taiane Nunes dos Santos só quer voltar para casa dela em Aracatu (BA).
“Eu quero voltar para casa. Quando a gente veio, tinha gente dormindo no corredor do ônibus, mala, não tinha nem onde colocar os pés. Nós queremos dois ônibus para ir confortável, tem muita criança e não tem como ir assim”, diz.
A situação vivida por Taiane foi flagrada na quarta-feira (16) por auditores fiscais do trabalho do Ministério da Economia.
Polícia Federal e Ministério Público do Trabalho
O caso começou a ser investigado no início de junho pelo Ministério Público do Trabalho e pela Polícia Federal.
A denúncia relatava que o grupo havia sido levado da Bahia ao interior de São Paulo para trabalhar na colheita do café, mas era submetido à situação análoga à escravidão há pelo menos 48 dias, segundo notícia publicada pelo G1.
Ao menos 56 funcionários de uma fazenda de café de Pedregulho (SP), dentre eles dez menores de idade, foram encontrados em situação análoga à escravidão nesta quarta-feira (16).
Os trabalhadores foram resgatados e levados à sede do Ministério do Trabalho em Franca (SP).
O dono da fazenda não foi preso, mas responderá pelos crimes de sonegação, aliciamento de trabalhadores e tráfico de pessoas