Você pode aprender qualquer coisa em apenas 4 passos com a Técnica Feynman

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 23 de maio de 2021 às 16:30
  • Modificado em 23 de maio de 2021 às 21:47
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Com quatro passos, a técnica Feynman foi pensada para que ele não se enganasse sobre seu entendimento do que tentava aprender.

Richard Feynman, físico pioneiros em eletrodinâmica quântica e ganhador do Prêmio Nobel, criou um método.

Inteligência e desenvolvimento são processos de crescimento que envolvem grandes doses de aprendizado.

Por isso, buscar aprender é uma garantia de investir em si mesmo, o que deve ser feito durante toda a vida, não só quando você está envolvido em estudos em uma instituição como escola ou universidade.

Existem dois tipos de conhecimento: conhecer o nome de algo, e conhecer algo.

Não é a mesma coisa – na realidade, faz toda a diferença.

Percebendo a importância de entender, efetivamente, como as coisas funcionam, Richard Feynman, físico pioneiros em eletrodinâmica quântica e ganhador do Prêmio Nobel, criou um método.

Com quatro passos, a técnica simples, batizada de Feynman, foi pensada para que ele não se enganasse sobre seu entendimento do que tentava aprender.

Ele escreveu: “Se você se escutar dizendo: ‘Acho que entendi isso’, significa que não entendeu.” Na prática, o método acabou servindo também para agilizar o processo de aprendizado.

Pensar

Não só a Técnica Feynman é uma receita para aprender, como introduz uma forma de pensar que permite a desconstrução – e, também, a construção – de ideias.

Essa premissa é velha conhecida de figuras inovadoras, como Elon Musk, que baseou seu próprio método de aprendizado nela (e a chama de Thinking from first principles”). Veja aqui.

Na Técnica Feynman, são apenas quatro etapas.

Confira no vídeo

Passo a passo da Técnica Feynman

1. Escolha um assunto (ou conceito)

A primeira etapa da Técnica Feynman é escrever o tópico escolhido no topo de uma página.

Em seguida, anote tudo o que sabe sobre ele, e adicione sempre que aprender algo novo.

A melhor forma de levar esse primeiro passo é escrever com termos simples.

Pense que você está explicando o assunto para uma criança, por exemplo.

Ou seja: utilize vocabulário básico e faça conexões simples de entender.

Jargões e termos complicados podem mascarar o seu nível de aprendizado – até para você mesmo.

Escrevendo a ideia com linguagem clara, você se “força” a entender o bastante para conseguir simplificar as relações.

Não tem problema se isso parece difícil. Tente identificar os pontos onde você falha na compreensão, isso enriquece o aprendizado.

2. Ensine – ou finja ensinar – para uma criança

Aqui a ideia é realmente ensinar – não importa se você tenha um público, ou não.

O importante é explicar o tópico em termos de fácil compreensão.

Assim, você consolida o que entendeu até então e visualiza com facilidade o que ainda não tem clareza.

3. Identifique os “buracos” na própria compreensão

A partir da sua tentativa de explicação para uma outra pessoa, você vai perceber os buracos no próprio aprendizado, segundo a Técnica Feynman.

Revisite esses pontos e volte às suas fontes de informação até que consiga explicar o conceito completamente.

4. Revise, organize e simplifique

Revise seu trabalho até então enquanto simplifica ainda mais a linguagem (tenha certeza de estar utilizando suas próprias palavras e não jargões do material que estudou).

Ilustre com exemplos e, se necessário, conecte conceitos e faça analogias para fortalecer sua compreensão.

O objetivo é organizar todo o conteúdo em uma história simples que flui.

Por fim, leia em voz alta e, se ainda parece confuso, pode ser uma indicação de que seu entendimento ainda não é total. Se for o caso, estude novamente e volte a preencher os “buracos”.

Esse texto foi originalmente publicado no portal Na Prática. Veja a matéria original aqui.


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