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Casos de Guillain-Barré têm sido diagnosticados em pessoas com covid-19, mas esta foi a primeira vez que a relação foi comprovada
Coronavírus foi associado a alterações neurológicas que causam síndrome de Guillan-Barré
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e da Universidade Tiradentes descobriu a associação entre a infecção pelo novo coronavírus e alterações neurológicas que causam a síndrome de Guillan-Barré, uma doença que provoca fraqueza muscular e paralisa o corpo.
As evidências dessa ligação foram identificadas depois da análise de um caso de uma adolescente de 17 anos, de Sergipe.
Ela desenvolveu a síndrome em fevereiro após apresentar os sintomas típicos da covid-19. O caso foi relatado no “The Pediatric Infectious Disease Journal“.
A menina começou a apresentar dor na região lombar e fraqueza muscular oito dias depois de ter diarreia intensa e febre.
Ela foi atendida no hospital 48 horas após o início desses sintomas e já não conseguia andar. Ela realizou um teste para covid-19, que deu positivo.
Também confirmado o diagnóstico de Síndrome de Guillain-Barré após exames neurológicos.
Casos de Guillain-Barré têm sido diagnosticados em pessoas com covid-19, mas esta foi a primeira vez que a relação foi comprovada.
Isso foi possível porque os pesquisadores colheram material do líquido cefalorraquidiano, um fluído do cérebro, que apontou aa presença do material genético do SARS-Cov-2 na inflamação dos nervos periféricos da paciente.
Segundo os pesquisadores, isso indica um mecanismo de invasão direta do vírus ao sistema nervoso.
A adolescente relatada no estudo voltou a andar sem ajuda, mas continua fazendo fisioterapia.
*Informações Estadão