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Atividade forte na região de Franca, café segue como um dos pilares da economia brasileira
O café estará no centro das discussões econômicas do mundo: prestígio em alta
A Organização das Nações Unidas (ONU) realizará, em setembro, a Cúpula de Sistemas Alimentares (FSS, na sigla em inglês), durante a semana de Alto Nível de sua Assembleia Geral.
Para auxiliar o Brasil a formar sua posição para a cúpula, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) representou a cadeia produtiva cafeeira nacional na rodada de debates de nesta sexta-feira (14), que teve foco no tema “Construindo Sistemas Alimentares Resilientes”, e de quarta-feira (12), quando foi abordada a temática “Incentivando a Produção e o Consumo Saudável e Sustentável de Alimentos”.
O diretor geral da entidade, Marcos Matos, apresentou o case de sucesso da resiliência dos cafés do Brasil, centrado em organização, sinergia e eficiência dos segmentos da cafeicultura nacional, o qual gera agregação de valor e maior transferência do preço.
Do lado econômico, há oferta do crédito oficial rural, crescente investimento de recursos próprios dos principais bancos, além do diferencial do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que dispõe R$ 6 bilhões anualmente para atender a todos os segmentos.
“Esse arcabouço financeiro apoia cafeicultores, industriais e exportadores, permitindo equilíbrio na cadeia, que faz com que o Brasil negocie rapidamente suas safras, aproveitando os picos de preço no mercado” explica Matos.
A solidez financeira da cafeicultura nacional também permitiu que o país realizasse investimentos em pesquisa, inovação e tecnologia, resultando em importante preservação do meio ambiente.
“O Brasil elevou sua produtividade de seis sacas por hectare, na década de 60, para 33 sacas na safra 2020/21, reduzindo, assim, a área destinada à cultura, a qual saiu de mais de 5 milhões de hectares para pouco mais de 2 milhões de ha, abrindo espaço a outros cultivos e, principalmente, preservando o meio ambiente”, aponta o diretor do Cecafé.
Matos anota que o país também demonstra proatividade para ampliar sua sustentabilidade ambiental no agro, com trabalhos focados na otimização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), no Programa de Regularização Ambiental (PRA) e na consolidação do Código Florestal.
“Especificamente sobre o café, ainda existem diversos trabalhos para manejo integrado de pragas, controle biológico, balanço de carbono, rastreabilidade e preservação de recursos naturais, como a água, e de matas nativas nas áreas rurais, que são diferenciais únicos do Brasil, devem ser atrativos para programas internacionais de pagamento e, principalmente, são muito positivos para a imagem externa do país”, relata.