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O exame revela também o risco de sofrer de depressão severa no futuro e a probabilidade de desenvolver transtorno bipolar
Exame inédito e revolucionário é capaz de indicar a gravidade de depressão do paciente
Investigadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, criaram um exame de sangue inédito e verdadeiramente revolucionário para o tratamento da depressão e transtorno bipolar.
Segundo um artigo publicado na revista Galileu, através da análise de biomarcadores RNA, o exame consegue indicar o quão grave é a depressão do paciente.
O exame revela também o risco de sofrer de depressão severa no futuro e a probabilidade de desenvolver transtorno bipolar.
Mais ainda, o teste revela aqueles que são os fármacos mais eficazes para cada tipo de paciente.
O estudo, publicado no jornal científico Molecular Psychiatry (da Nature), incluiu 300 pacientes ao longo um período de quatro anos.
Inicialmente, os investigadores analisaram os doentes em estados de humor distintos – classificados como ‘altos’ e ‘baixos’ – registrando as alterações dos biomarcadores na respectiva situação.
Posteriormente, essas informações foram cruzadas com uma ampla base de dados que reúne todos as pesquisas anteriormente realizadas na mesma área.
O professor Alexander B. Niculescu, coordenador estudo, disse num comunicado emitido pela Universidade de Indiana sobre o esforço para trazer a psiquiatria do século XIX para o século XXI.
“Para ajudá-la a ser como outras áreas contemporâneas, como a oncologia. No final, a nossa missão é salvar e melhorar vidas”.
Para Niculescu os diagnósticos atuais não são totalmente confiáveis, inclusive quando se trata de diferenciar depressão e distúrbio bipolar.
“Biomarcadores do sangue estão despontando como ferramentas importantes em doenças para as quais depoimentos pessoais subjetivos ou um parecer clínico de um profissional de saúde não são sempre confiáveis”.
“Esses exames de sangue podem abrir portas para a indicação precisa e personalizada de medicamentos e a monitoração objetiva da resposta ao tratamento”, afirmou o professor.