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Um novo estudo genômico encontrou seis variantes ligadas a um tipo de câncer de sangue raro em três raças de cães
Estudo mostrou relação da incidência de um tipo raro de câncer com três raças de cães
Um novo estudo genômico encontrou seis variantes ligadas a um tipo de câncer de sangue raro em três raças de cães: Berneses, Rottweilers e Retrievers.
O estudo de Benoît Hédan, da Universidade de Rennes, e de seus colegas, revelou seis variantes genéticas determinantes para o risco de vários cânceres de sangue nas raças de cães mencionadas acima.
Os resultados da pesquisa foram publicados em 8 de abril na revista PLOS Genetics e confirmam um gene supressor de tumor conhecido como fator de risco para sarcoma histiocítico, além de identificar quatro novos loci genéticos associados à doença.
Os pesquisadores sequenciaram o DNA genômico extraído de amostras de sangue de cães das raças Berneses, Rottweilers e Retrievers, incluindo 172 cães com diagnóstico de sarcoma histiocítico (HS) e 128 cães não afetados.
Uma análise associada de todo o genoma identificou cinco regiões cromossômicas que aumentaram cumulativamente o risco de HS nas três raças citadas.
Cada uma dessas regiões regulatórias foi responsável por 5 a 15% dos casos, o que pode influenciar indiretamente o risco de câncer.
Cães com cinco ou mais dessas mutações têm um risco muito alto de desenvolver câncer no sangue durante a vida.
Estudos anteriores usaram cães domésticos como modelo para estudar a genética de cânceres humanos raros, mas este é o maior estudo multi-raças de HS conduzido até hoje.
Os autores esperam que os resultados possam ajudar a informar nossa compreensão do HS humano, um câncer para o qual existem poucas ferramentas de diagnóstico e opções clínicas limitadas.
Por exemplo, várias das variantes identificadas no presente estudo foram previamente associadas à predisposição ao câncer, função do sistema imunológico ou alergias em humanos.
“Este estudo aproveitou as predisposições da raça canina para decifrar as bases genéticas do sarcoma histiocítico, um câncer humano raro”, explicaram os autores.
“Mostramos que o risco de desenvolver esse câncer resulta do acúmulo de alterações genéticas de várias regiões cromossômicas ligadas à função do sistema imunológico e à predisposição de diferentes cânceres, fornecendo genes candidatos relevantes para os cânceres humanos correspondentes”, concluíram eles.
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