Contratações temporárias no 1º trimestre de 2021 devem crescer perto de 25%

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 27 de fevereiro de 2021 às 14:00
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Estimativa de contratações é altíssima, principalmente na Páscoa

Marcos de Abreu relata que estimativas apontam para uma taxa média de efetivação de 22% nesse 1º trimestre

Com resultado considerado surpreendente no mês de janeiro, puxado pelas contratações para atender às demandas de Páscoa, associação prevê mais de 805 mil novas vagas até março

A pandemia da Covid-19 ainda traz uma situação de insegurança e emergência nas empresas brasileiras. Mesmo diante desse cenário, a geração de vagas formais por meio do Trabalho Temporário, no formato da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.060/2019, deve crescer 25% no 1º trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo projeção da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM).

“Após um resultado surpreendente em janeiro, projetamos a geração de mais de 805 mil vagas temporárias entre os meses de janeiro e março de 2021, superando em 25% as 644.500 contratações temporárias no mesmo período do ano passado”, afirma o presidente da associação, Marcos de Abreu.

Segundo ele, a Indústria segue impulsionando as contratações, seguida pelo Agronegócio, pelo setor de Serviço e Comércio.

“Além disso, nossas estimativas apontam que a taxa média de efetivação de 22%, alcançada no final de 2020, irá se manter nesse 1º trimestre de 2021. Um resultado excelente, já que anteriormente a taxa girava entorno de 15%”, destaca.

Outro ponto importante, de acordo com Abreu, é que o período de duração do contrato temporário na Indústria, que era de 45 dias em média, será superior a 77 dias em 2021.

“O período de contratação será bem maior para a Indústria conseguir atender o volume de demandas do mercado”, diz.

Para o presidente da ASSERTTEM, diante das incertezas que a pandemia ainda gera na economia do país, as empresas seguirão se apoiando no Trabalho Temporário para garantir maior flexibilidade de gestão e, assim, conseguirem se manter no mercado, utilizando a modalidade de contratação para substituição transitória e para demanda complementar de trabalho de forma rápida, eficaz e segura.

“As empresas já enxergaram que o Trabalho Temporário é uma excelente opção formal de contratação, que preserva os direitos dos trabalhadores e ainda confere flexibilidade de gestão para acompanharem as oscilações da economia”, explica.

PÁSCOA

O mês de janeiro teve um resultado surpreendente na geração de vagas temporárias. Ao todo foram 178.640 novas contratações, um aumento de 37,3% com relação ao mesmo mês de 2020 (130.100 vagas).

Destas, 16.380 são para atender às demandas de Páscoa na indústria de chocolate, comércio e serviço, alta de 31% com relação ao ano passado (12.503 vagas).

De acordo com a ASSERTTEM, 65% das contratações temporárias de janeiro foram impulsionadas pela Indústria para atender a demanda complementar de trabalho em segmentos como Alimentos, Farmacêutica, Embalagens, Metalúrgica, Mineração, Automobilística, Agronegócio e Óleo e Gás; seguido de 25% do setor de Serviços e 10% do Comércio.

Ao todo, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2020, a Páscoa gerou 33.906 contratações temporárias.

Neste ano, a projeção da ASSERTTEM é de mais de 42 mil vagas temporárias no período.

“A Páscoa teve um papel importante no resultado de janeiro, visto que a indústria de chocolates acelerou as contratações temporárias, pois está com uma demanda de trabalho 31% superior do que em 2020 e iniciaram a produção de chocolates com antecedência”, conclui o presidente da associação, Marcos de Abreu.


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