Déficit hídrico acumulado atrasa safra do café, segundo diretoria da Cocapec

  • Marcia Souza
  • Publicado em 20 de fevereiro de 2021 às 16:00
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As chuvas dos próximos 90 dias serão determinantes para a continuidade do desenvolvimento do café

Café

As chuvas dos próximos 90 dias serão determinantes para a continuidade do desenvolvimento do café

O cenário é de atenção. Saulo de Carvalho Faleiros – diretor comercial da Cocapec, relata o cenário atual das lavouras de café na Alta Mogiana/SP.

Após enfrentar o maior déficit hídrico dos últimos anos, a cooperativa observa agora um atraso no desenvolvimento da planta para safra de 22, que na teoria, seria de ciclo alto para o Brasil.

Segundo Saulo, as chuvas do final de ano iniciaram o processo de recuperação da planta, paralisaram o processo de perda na safra 21, mas as chuvas dos próximos 90 dias serão determinantes para a continuidade do desenvolvimento da planta em 2022.

Em relação à safra de 21, a Cocapec destaca que devido ao ano de ciclo baixo, a produção já seria 50% mais baixa quando comparado com 2020, mas a seca prolongada acrescenta mais 15% de baixa na safra a ser colhida esse ano.

Ainda de acordo com a cooperativa, a chuva é regular em grande parte da região, mas alguns pontos da Alta Mogiana ainda enfrentam veranicos mais intensos.

Falando em mercado, a análise de Saulo, as altas dos últimos dias são influenciadas pelas questões cambiais. “O café está oscilando muito, sobretudo nas últimas três semanas. Assim como nas demais commodities, o mercado está especulativo e muito influenciado pelo câmbio”, comenta.

Em relação à seca sofrida pelo Brasil no ano passado, o especialista afirma que o mercado ainda não precifica com base na quebra do Brasil e que os números oficiais da safra, com o início da colheita em três meses, pode chegar a dar suporte aos preços nesse sentido. (Fonte: Notícias Agrícolas)


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