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Governo também iniciou uma campanha, em parceria com entidades privadas, para informar às pessoas sobre como evitar golpes no mundo digital
Golpes virtuais estão cada vez mais frequentes, aumentando suas vítimas em época de pandemia – Foto: Arquivo/Jornal da Franca
O isolamento social causado pela pandemia do coronavírus impulsionou o uso da internet para os mais diversos tipos de operação, de compras no supermercado a pagamentos de contas -o que também ampliou o espaço para hackers atuarem.
Um tipo de golpe que cresceu em tempos de Covid foi a chamada engenharia social: uma manipulação psicológica em que o criminoso entra em contato direto com a vítima, faz ela acreditar que se trata de um contato do banco, e o incita a passar informações confidenciais, a baixar algum aplicativo ou a realizar transações financeiras em seu nome, por exemplo.
Para inibir essas e outras fraudes digitais, a Polícia Civil de São Paulo recorreu à informação. Preparou um relatório com dicas para o consumidor se proteger de crimes eletrônicos. As informações são da repórter Isabela Bolzani, da Folhapress.
Além disso, o governo também iniciou uma campanha, em parceria com entidades privadas, para informar às pessoas sobre como evitar golpes no mundo digital.
Durante o período da iniciativa serão apresentadas, mensalmente, dicas relacionadas aos problemas mais comuns e às medidas de prevenção que podem ser tomadas para evitá-los.
O consumidor pode receber as medicas por meio da hashtag #FiqueEsperto e de mensagens de textos e emails enviados aos usuários de serviços de telecomunicações.
Confira abaixo os principais golpes praticados por criminosos e como se proteger em cada situação.
WhatsApp
Entre os golpes mais aplicados está a clonagem ou roubo da conta do WhatsApp por parte dos criminosos, que se fazem passar pela vítima para tentar extorquir seus conhecidos.
Para conseguir o acesso à conta, normalmente, o criminoso liga ou envia uma mensagem para o número da vítima, se passando por um funcionário de uma empresa ou de um banco.
Neste primeiro contato, ele afirma que encaminhará um código de confirmação – que, na verdade, é o código de verificação do WhatsApp.
Para evitar cair no golpe, a Polícia Civil afirmou ser necessário ativar a confirmação e duas etapas do aplicativo de mensagens -recurso opcional do WhatsApp que adiciona uma camada extra de segurança à conta.
O órgão também avisa ao consumidor para que nunca forneça o código verificador que receber via SMS em seu celular e, também, para não instalar aplicativos de terceiros ou compartilhar informações pessoais a pedido de ninguém pelo WhatsApp.
A Polícia Civil recomenda: desconfie de situações em que a pessoa solicita a realização de transferências e pagamentos em caráter de urgência.
Ligue para a pessoa que solicitou o dinheiro e verifique se realmente é ela quem está solicitação a transação.
Caso a pessoa tenha caído no golpe e tenha tido o celular clonado, o órgão afirma que a pessoa precisa entrar em contato com o email de suporte do WhatsApp ([email protected]).
Também será necessário pedir para amigos e familiares excluírem o telefone clonado de grupos e alertarem contatos.
De posse de todas as informações, procure a Delegacia de Polícia mais próxima de sua casa ou registre um boletim de ocorrência eletrônico.
Para as vítimas que fizeram o pagamento para o criminoso, a dica da Polícia Civil é para que o consumidor entre em contato com o banco o quanto antes para tentar bloquear o valor transferido.
As autoridades também avisam que é importante providenciar cópia ou prints das conversas realizadas, bem como do comprovante de pagamento.
Com essas informações, procure uma Delegacia de Polícia para o registro de boletim de ocorrência.
Boleto falso
Neste golpe, o criminoso consegue alterar o código de barras do boleto, de maneira que o dinheiro, quando transferido, caia direto na conta do fraudador.
Para evitá-lo, o consumidor deve verificar se os dados do beneficiário, no boleto, correspondem aos de quem lhe vendeu o produto ou serviço. Também é preciso conferir se os três primeiros números do código de barras correspondem ao banco cuja logomarca aparece no documento.
Segundo a Polícia Civil, desconfie se o código de barras estiver com falhas, como espaços excessivos entre as barras ou qualquer outra alteração que impossibilite o reconhecimento pela leitora. Também evite reimprimir boletos de cobrança em sites que não sejam do banco emissor.
Sempre que o consumidor tiver dúvidas, é aconselhável consultar diretamente o fornecedor do produto ou serviço que o emitiu.
Caso o consumidor tenha sido vítima, ele precisa entrar em contato com o banco para tentar bloquear o valor, além de tirar uma cópia do comprovante de pagamento e demais documentos correlatos para registrar um boletim de ocorrência.
Fraudes bancárias
A maioria das fraudes bancárias acontece via engenharia social. O criminoso entra em contato com a vítima se fazendo passar por um funcionário do banco no qual ela tem conta.
A partir deste primeiro contato, o fraudador tenta convencer a vítima a lhe passar dados pessoais, senhas ou mesmo o cartão de crédito.
Para inibir esse golpe, a Polícia Civil afirma que é necessário evitar o uso de computadores públicos e redes abertas de wi-fi para acessar a conta bancária ou fazer compras online, além de não utilizar o cartão de crédito em sites desconhecidos.
Nunca abra nada de origem duvidosa, recomenda o relatório. Além disso, não execute programas, abra arquivos ou clique em links que estejam anexados ou no corpo desses emails.
Delete-os e, caso tenha clicado em alguma parte desse email e executado um programa, comunique imediatamente ao seu banco o ocorrido e altere todas as suas senhas em outo computador confiável”, disse o órgão.
Caso o consumidor tenha sido vítima, ele precisará entrar em contato com o banco para tentar bloquear o valor, além de tirar uma cópia do comprovante de pagamento e demais documentos para registrar um boletim de ocorrência.
O consumidor pode encontrar o relatório com dicas sobre como se prevenir e proteger de golpes no site da Polícia Civil.
TIPOS MAIS FREQUENTES DE FRAUDE BANCÁRIA
Falso funcionário ou falsa central de atendimento
O estelionatário finge ser funcionário da instituição financeira e diz estar com problemas no cadastro ou irregularidades na conta. A vítima fornece informações sobre sua conta e, com isso, o bandido realiza transações fraudulentas.
Falso motoboy
Integrantes da quadrilha ligam para a vítima e dizem pertencerem à central de relacionamento do banco. Afirmam que houve problemas com o cartão da vítima e pedem que ela digite sua senha numérica no teclado do telefone.
Na sequência, dizem que enviaram um motoboy na casa da vítima para pegar o cartão. Em posse do cartão e a senha, realizam operações fraudulentas.
Phishing
O criminoso envia links, emails e SMS para a vítima com mensagens que, na maioria das vezes, exploram as emoções (curiosidade, oportunidade única, medo, etc), fazendo com que ela clique nos links e anexos que pegam dados pessoais ou induzem a realizar cadastros ou fornecer informações.