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A Unesp também decidiu realizar a primeira fase em dois dias para diminuir o número de candidatos presentes nos locais de aplicação
Após o registro de salas superlotadas e de casos suspeitos de infecção por coronavírus nos principais vestibulares do país, a Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) quase triplicou os locais de aplicação de prova para garantir maior segurança aos candidatos.
Para a primeira fase do vestibular, que acontece nos dias 30 e 31 de janeiro, a universidade decidiu limitar em 35% a ocupação das salas de prova para garantir o distanciamento mínimo de 1,5 metros a todos os 80 mil inscritos, que concorrem a 7.630 vagas em cursos de graduação, explica Isabela Palhares, da Folhapress.
“Alguns exames decidiram por trabalhar com 50% da capacidade das salas, outras com até 80%. Nós decidimos que iríamos seguir o protocolo mais rígido para garantir a segurança de todos”, disse Henrique Luiz Monteiro, superintendente de planejamento da Vunesp, que organiza a prova.
O protocolo de aplicação da prova foi submetido duas vezes para aprovação do Centro de Contingência do governo de São Paulo, já que foram anunciadas novas restrições no estado em 22 de janeiro com a piora da pandemia.
Maior e principal exame de seleção para o ensino superior, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) registrou casos de candidatos que foram barrados ao encontrar salas superlotadas.
O Inep, órgão responsável pela prova, disse ter distribuído os inscritos para que nenhum local ficasse com mais de 50% de ocupação -no entanto, algumas instituições de ensino receberam listas em que as classes estavam com até 80% dos locais ocupados.
O órgão, ligado ao MEC (Ministério da Educação), ainda não apresentou nenhuma justificativa para o caso de candidatos barrados por superlotação, mas fiscais de prova foram informados que as salas tinham mais inscritos do que o anunciado pela previsão de alta abstenção no exame.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que, se houve a aposta no aumento da taxa de ausentes, a decisão foi acertada. Mesmo com a maior abstenção da história, com a presença de menos da metade dos candidatos, ele disse que o exame foi um “sucesso”.
Monteiro assegura que os candidatos da prova da Unesp não correm risco de encontrar salas superlotadas, já que a organização das classes foi feita para acomodar todos os inscritos com segurança.
“Fizemos a distribuição contando com a presença de todos os candidatos e queremos que todos se sintam seguros a fazer a prova. Não queremos uma alta abstenção e estamos trabalhando para transmitir essa segurança aos inscritos.”
O protocolo adotado pela Unesp também é mais rigoroso do que o usado no vestibular da USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que ocorreram no início do mês.
Na Fuvest, vestibular que dá acesso às vagas da USP, mesmo com o protocolo de 40% de ocupação das salas, 300 pessoas informaram ter apresentado possíveis sintomas de Covid-19 durante o processo do exame.
Elas estão sendo monitoradas. Na Unicamp, o número de classes de aplicação da prova foi duplicado.
Além do aumento do número de salas, a Unesp também decidiu excepcionalmente nesta edição realizar a primeira fase em dois dias para diminuir o número de candidatos presentes nos locais de aplicação.
No dia 30, será a prova para inscritos da área de biológicas e, no dia 31, para os de exatas e humanas.
Outra mudança adotada foi a de que a segunda fase terá questões múltipla escolha e será feita em apenas um dia para diminuir o tempo de permanência dos candidatos nos locais de prova.
Tradicionalmente, a segunda fase é feita em dois dias com 36 questões dissertativas e uma redação. Em cada dia, os candidatos tinham 4h30 para fazer as provas. Desta vez, serão 60 questões objetivas e a redação -os candidatos terão 5h30.