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Pesquisadores da Universidade de Yale encontraram anticorpos que atacam organismo de pacientes infectados
Um ano após os primeiros casos de coronavírus serem identificados na China, a comunidade científica ainda está descobrindo como o Sars-CoV-2 age no organismo humano.
A repórter Juliana Contaifer escreveu no jornal Metrópoles que, segundo uma pesquisa da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, a Covid-19 pode ser, além de tudo, uma doença autoimune.
O estudo foi publicado em pré-print, ou seja, ainda não foi revisado por especialistas, e sugere que, em pacientes com quadro grave de Covid-19, o organismo produz “autoanticorpos”.
As células de defesa, ao contrário de sua função ideal, não atacam o invasor e sim os próprios tecidos e órgãos do corpo. A manifestação seria mais comum em pessoas que já possuem doenças autoimunes.
No caso dos 170 pacientes acompanhados pelo estudo, os autoanticorpos atacavam proteínas envolvidas no reconhecimento e destruição do coronavírus, incluindo as citocinas e os interferons, partes do sistema imunológico ligadas ao processo de inflamação do organismo.
Os cientistas fizeram testes em ratos e descobriram que, na presença dos autoanticorpos, a infecção é mais severa.
Os responsáveis pelo estudo ainda não descobriram por que e como estes autoanticorpos são produzidos, nem por quanto tempo duram no corpo após o final da infecção.
Outro questionamento importante é se pacientes com Covid-19 persistente podem estar experimentando as consequências de um ataque feito pelos autoanticorpos.