Lago de Peixoto está baixo e pede ajuda; nível do reservatório é preocupante

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 13:27
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 12:00
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Em época de piracema se torna impossível a desova dos peixes acontecendo crime ambiental

Os vertedouro de Mascarenhas estão abertos desaguando cerca de 500 m3 por segundo ininterruptamente sem ao menos gerar 1 kw se quer de energia

Ao longo dos 64 anos da usina de Mascarenhas de Moraes no lago de Peixoto sempre se operou em média entre 663.00 metros anm (70.7%) a 666.12 mts amn(100%) com raras exceções, gerando energia sem prejudicar o fornecimento da mesma.

No ano de 2014 a pedido da ONS, para ajudar a manter Ilha Solteira/Três Irmãos (Hidrovia Tietê/Parana) com níveis acima de 325.40 mts por conta de uma obra de derrocamento que já deveria ter sido concluída em 2019 pelo governo de São Paulo,

Obra esta que se já estivesse concluída daria uma possibilidade da Hidrovia operar com 2.40mts abaixo dando oportunidade de recuperação dos níveis de Peixoto e Furnas.

  Na ocasião a geradora Furnas Centrais Elétricas derrubou uma restrição de Mascarenhas onde estabelecia  níveis para navegabilidade das balsas  em 663.50 mts; alegando que iria fazer rampas de ancoradouro .

Com isto se estabeleceu nova outorga de 653.12mts anm.

Nos dias de hoje a usina Mascarenhas de Moraes, em Ibiraci (MG) opera com 657.50mts e apenas balsas pequenas conseguem ancorar nas rampas de concreto prejudicando a locomoção de moradores e o escoamento agrícola  oriunda de Delfinópolis.

Ou seja todo dinheiro investido foram em vão. 

Com níveis tão baixos nestes últimos 6 anos com oscilações bruscas onde, em época de piracema se torna impossível a desova dos peixes acontecendo ai um enorme crime ambiental, segundo o movimento Pró-Furnas.

A ação sangrou-se toda população ribeirinha e investidores no turismo  na agricultura na piscicultura tornando impossível o “USO MULTIPLO DAS AGUAS”

As medidas adotadas para a recuperação e manutenção dos níveis dos reservatórios das UHEs Furnas e Mascarenhas de Moraes (Peixoto), mediadas em reuniões mensais pela ANA junto a ONS, representantes governamentais e movimentos dos Lagos desde o início de 2020 apesar de ser uma grande iniciativa  não surtiram grandes efeitos pelo descumprimento da ONS  das propostas formalizadas.

Em função do período seco na bacia, o reservatório de Furnas chegou a se encontrar na cota 762,46, ou 58,84% do volume útil (dados de 22/7/2020). 

Na UHE Mascarenhas de Moraes, o reservatório passou da cota 658,26 (33,97% do volume útil), em 18/12/2019, para a cota 664,65 (85,92% do volume útil), em 3/7/2020.

 Desde então houve deplecionamento e o nível de Mascarenhas se encontra na cota 657.48 mts anm (28.35%) do volume útil – em 11/12/2020.

Uma situação  muito agravante que está ocorrendo neste momento, é que a 18 dias os vertedouro de Mascarenhas estão abertos desaguando cerca de 500 m3 por segundo ininterruptamente sem ao menos gerar 1 kw se quer de energia . 

Fato este que seria aceitável caso esta água estivesse sendo para recuperação de reservatórios da bacia do Grande  ajusantes como Marimbondo e Água Vermelha, porem neste período nada foi armazenado nos mesmos.

Então mediante a está situação deprimente onde cerca de 1 milhão de pessoas diretas e indiretamente que utilizam e necessitam  dos lagos de Furnas e Peixoto nos 44 municípios que abrangem ambos os lagos pedimos imediatamente o cumprimento da PEC52 onde estabelece as cotas 762 para Furnas e 663 para Peixoto. Garantindo o sonho e o direito  do USO MULTIPLO DAS AGUAS.


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