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Pesquisadores no Japão mostram que a melatonina e suas substâncias protegem contra a perda cognitiva
Caminhando pelo corredor de suplementos da farmácia, é possível encontrar cápsulas de ômega 3, vitamina E, ginseng e muitos outros que prometem ajudar na perda de memória e cognitiva.
Porém, um suplemento que era visto apenas como auxiliador do sono, pode ajudar também no combate à perda de memória: a melatonina.
Em um novo estudo, pesquisadores da Tokyo Medical and Dental University (TMDU) no Japão mostram que a melatonina e suas substâncias promovem a formação de memórias de longo prazo em camundongos e protegem contra a perda cognitivo.
Uma das maneiras mais fáceis de testar a memória em ratos é analisar a tendência natural deles para examinar objetos desconhecidos.
Se seguirem o padrão natural, eles passarão mais tempo verificando objetos desconhecidos do que familiares.
Para ratos jovens, a exposição a um objeto três vezes ao dia é suficiente para que seja lembrado no dia seguinte. Já para os mais velhos, a tendência é que se comportem como se ambos os objetos fossem novos e desconhecidos, um sinal de declínio cognitivo.
Para testar a hipótese, os pesquisadores familiarizaram os ratos com os objetos e deram-lhes doses de melatonina e os dois metabólitos uma hora depois.
Metabólitos são as moléculas em que a melatonina é decomposta depois de entrar no corpo e os pesquisadores acreditam que eles podem promover a cognição.
Então, após testarem a memória dos ratos no dia seguinte, descobriram que houve uma melhora significativa depois do tratamento, principalmente na região hipocampal do cérebro — importante para transformar experiências em memórias.
”Nós mostramos que um dos metabólito da melatonina pode facilitar a formação da memória em ratos de todas as idades”, explicou o pesquisador Atsuhiko Hattori.
Os ratos mais velhos foram capazes de se lembrar dos objetos até 4 dias depois do teste.
“O efeito em ratos mais velhos foi particularmente promissor e temos esperança de que estudos futuros mostrem efeitos semelhantes em humanos mais velhos. Se isso acontecer, a terapia com melatonina poderia eventualmente ser usada para reduzir a gravidade do comprometimento cognitivo leve e sua conversão potencial para a doença de Alzheimer“, afirmou Hattori, líder do estudo.
Fonte: Revista Exame