Polícia Federal faz operação contra fraudes no auxílio emergencial

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 18:13
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 11:06
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Ação foi realizada em 14 estados, com 42 mandados de busca e apreensão

Policia Federal cumpriu mandados em 14 Estados - Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) fez hoje (10) uma ação contra fraudes no recebimento do auxílio emergencial pago pelo governo federal. Durante a Operação Segunda Parcela, agentes cumpriram sete mandados de prisão, 42 mandados de busca e apreensão e 13 de sequestro de bens em 14 estados.

Somente em São Paulo, cidade que concentra o maior número de mandados, sete foram cumpridos nesta quinta-feira. Uma das pessoas detidas foi uma bancária, suspeita de facilitar as fraudes. Três investigados do Rio de Janeiro ainda estão foragidos.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 650 mil em diversas contas que receberam indevidamente o auxílio, criado para ajudar financeiramente milhões de famílias de baixa renda afetadas pela pandemia do novo coronavírus.

Segundo a PF, a ação é parte de uma estratégia coordenada contra as fraudes entre a própria PF, Ministério Público Federal (MPF), Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Cidadania.

Nessa estratégia, as tentativas de cadastramento irregulares são detectadas pela Polícia Federal, que busca identificar a atuação de organizações criminosas que fraudam o benefício.

Ainda segundo a PF, a estratégia coordenada já detectou, bloqueou e cancelou o cadastramento de mais de 3,82 milhões de pedidos irregulares, evitando um prejuízo de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos.

O coordenador-geral de Polícia Fazendária, Cleo Matuziak Mazzotti, disse que são “massivas” as tentativas de fraude relacionadas ao auxílio emergencial, em razão de sua abrangência de âmbito nacional.

Ele explicou que os fraudadores emitem boletos, simulando uma operação comercial, para fazer com que o valor do benefício caia em contas criadas por eles, em vez de ser creditado nas dos reais beneficiários.

Na maioria das vezes, são benefícios que não foram solicitados. “O beneficiário não sabe que tem direito ou não procurou a Caixa”, esclareceu.

Além do esquema, acrescentou o coordenador, a polícia tem identificado casos de estrangeiros que tentam sacar o benefício de forma irregular, em agências bancárias, com documentos falsos. Durante a entrevista coletiva, a corporação antecipou que a operação terá desdobramentos para aprofundar as investigações.


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