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Pets ganharam status de membros da família e crianças menores podem ter o bem-estar mental abalado
Nos últimos tempos, os pets ganharam status de membros da família. É natural, portanto, que sua morte gere um processo de luto.
E, entre os menorzinhos, ele pode ser profundo a ponto de abalar o bem-estar mental.
Essa é a conclusão de um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, com base em dados de 6 260 crianças — elas foram seguidas do nascimento até os 8 anos.
Para Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da infância e adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a tristeza e o choro são normais — e até importantes.
“Faz parte do desenvolvimento emocional”, avalia. “Mas, se essa situação durar muito tempo, interferindo na vida da criança, aí é indicado buscar ajuda”, esclarece.
Como lidar? É preciso ser sincero, mas na medida:
O que fazer
– Preparar a criança: Se o pet está doente ou velhinho, faz sentido citar a perspectiva da morte.
– Falar sobre a perda: Assim, a criança tem uma vivência real e inteira. Ela aprende a encarar as emoções.
– Apostar em rituais: Faça um enterro simbólico e relembre histórias marcantes com o companheiro.
O que evitar
– Mascarar a partida: Nada de agir como se o bicho tivesse sumido ou ido para uma fazenda mágica.
– Dar muito detalhe: O animal foi sacrificado? Isso é mais complexo e não há razão para contar.
– Adquirir outro logo: Passar pelo luto é essencial. Depois disso, tudo bem acolher um novo pet.
Um bicho é mais que bem-vindo
Ainda que a morte traga sofrimento, esse não deve ser um motivo para abdicar da experiência de conviver com um animal.
Polanczyk afirma que a molecada ganha muito com a relação, já que há desenvolvimento de autonomia e responsabilidade, além de companheirismo nas brincadeiras e nos momentos difíceis.
“Hoje animais são considerados até terapêuticos para crianças com certas dificuldades”, ressalta.
*Informações Veja Saúde