Depp perde processo para jornal que o chamou de ‘espancador de mulheres’

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 3 de novembro de 2020 às 23:28
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 07:23
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Reportagem fazia críticas à autora J.K. Rowling por escalar Depp para filme da série ‘Animais Fantásticos’

Johnny Depp virou assunto na mídia após ele e sua ex-mulher, Amber Heard, acusarem-se de abuso físico

O ator Johnny Depp perdeu o processo contra o jonral “The Sun” por difamação. O astro de “Piratas do Caribe” entrou com uma ação contra o jornal britânico após uma notícia descrevê-lo como “espancador de mulheres”.

A reportagem fazia críticas à autora J.K. Rowling por escalar Depp para o próximo filme da série “Animais Fantásticos”, mesmo após denúncias públicas de violência doméstica terem sido feitas contra ele.

O tribunal rejeitou o pedido de Depp, segundo notícia publicada no “The Guardian”. Os advogados do ator informam que ele deve apelar contra o resultado do processo que ele considera “perverso e desconcertante’.

Depp virou assunto na mídia após ele e sua ex-mulher, Amber Heard, acusarem-se de abuso físico durante o relacionamento. Heard fez alegações pela primeira vez em 2016, as quais Depp negou.

Na decisão de 129 páginas, o juiz disse: “O reclamante [Depp] não obteve sucesso em sua ação por difamação […] Os réus [“The Sun” e a News Group Newspapers] mostraram que eles usaram palavras substancialmente verdadeiras na publicação”.

“Eu descobri que a grande maioria das alegadas agressões à Sra. Heard pelo Sr. Depp foram provadas dentro do padrão civil”, completou o juiz.

Para ele, foram as alegações da ex-mulher que causaram um efeito negativo na carreira de Depp, e não a notícia publicada pelo “The Sun”. Por isso, para o juiz, não se tratava de uma notícia “caça-clique”.

A tão esperada decisão foi divulgada às 10h da segunda-feira (2), mais de três meses após o término da audiência no tribunal superior no final de julho.

Após a decisão, o editor do jornal emitiu um comunicado dizendo que o “The Sun” “faz campanha pelas vítimas de violência doméstica por mais de 20 anos. Vítimas nunca devem ser silenciadas, e agradecemos ao juiz por sua consideração cuidadosa”.

A advogada americana que representa Heard afirmou que não se surpreendeu com o resultado do julgamento. “Muito em breve, apresentaremos evidências ainda mais volumosas nos Estados Unidos”.


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