Em Franca, setor calçadista recontrata demitidos durante a pandemia

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 8 de outubro de 2020 às 00:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 00:18
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Em agosto, 272 pessoas foram contratadas, o que representa aumento de 137% em relação a julho

A indústria calçadista de Franca começou a se recuperar da crise provocada pela pandemia de coronavírus. 

Em agosto, 272 pessoas foram contratadas para o setor, o que representa um aumento de 137% ante 101 admissões de julho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

O saldo supera o que foi registrado no mesmo período de 2019, quando, na soma dos contratados e demitidos, o saldo foi de 53 postos de trabalho extintos. 

O Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca (Sindifranca), no entanto, diz que o setor tem muito o que recuperar.

Em agosto de 2019, havia 17.564 pessoas empregadas na indústria do calçado de Franca. Em agosto de 2020, eram 10.184, o que representa uma queda de 42%, de acordo com o Sindrifranca.

O ritmo de produção na fábrica de calçados do empresário Valter Cintra já está mais acelerado. 

No início da pandemia, a quantidade de pares de sapatos produzidos por dia caiu pela metade. Em setembro, a produção cresceu 20%.

Apesar de o aumento ainda não elevar a fábrica ao patamar anterior, o empresário está contratando funcionários, muitos dos quais foram demitidos em março. 

A fábrica precisa, principalmente, de pespontadores.

“Fizemos replanejamento para a empresa. As lojas começaram a reabrir e, com a clientela aumentando, começam os pedidos. Já está acima do que estávamos esperando. A gente está buscando mão-de-obra e estamos com dificuldade”, diz Valter.

A situação é parecida na fábrica da empresária Nice Peixoto, que também produz bolsas. 

A empresa demitiu 11 funcionários no início da pandemia e, desde agosto, recontratou cinco deles. A previsão é de que o quadro de colaboradores volte ao normal ainda em 2020.

Trabalho não falta para os recontratados, já que os pedidos aumentam a cada dia. Com a equipe atual, o calendário de produção da fábrica está cheio até novembro, segundo a empresária.

“Estamos em momento de comemoração. Traz uma satisfação muito grande, saber que nosso produto está sendo aceito no mercado. Isso é muito gratificante. O mercado deu uma aquecida”, comemora Nice.

*Informações G1


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