Café: clima segue ditando ritmo ao mercado do produto. Confira

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de outubro de 2020 às 17:02
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 20:24
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Falta de água no Brasil e excesso no Vietnã preocupam o setor cafeeiro do Brasil

O mercado futuro do café arábica encerrou a segunda-feira (26) com valorização técnica para os principais contratos em um momento que o mercado segue acompanhando as condições de chuvas no Brasil e o excesso de chuvas no Vietnã, maior produtor de café tipo conilon. 

Dezembro/20 teve alta de 105 pontos, valendo 106,65 cents/lbp, março/21 registrou valorização de 95 pontos, valendo 109,35 cents/lbp, maio/21 teve alta de 100 pontos, negociado por 111,05 cents/lbp e julho/21 teve alta de 105 pontos, negociado por 112,60 cents/lbp. 

“Os preços do café registraram ganhos moderados na segunda-feira. Chuvas abaixo do normal no Brasil estão dando um impulso ao café arábica hoje, enquanto as condições excessivamente úmidas no Vietnã estão aumentando os preços do café conilon”, destacou o site internacional Barchart. 

Dados da Somar Meteorologia nesta segunda-feira mostraram que Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, recebeu 18,9 mm de chuva na semana passada, ou apenas 62% da média histórica”, afirmou o site internacional Barchart. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também encerrou com movimentos técnicos nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,90% em Guaxupé/MG, valendo R$ 563,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,60%, valendo R$ 499,00, Patrocínio/MG teve valorização de 0,93%, negociado por R$ 540,00, Campos Gerais/MG também teve alta de 0,93%, estabelecendo os preços por R$ 543,00 e Franca/SP teve alta de 1,27%, valendo R$ 560,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 0,83% em Guaxupé/MG, valendo R$ 605,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,54%, negociado por R$ 549,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,85%, valendo R$ 590,00 e Campos Gerais registrou valorização de 0,84%, negociado por R$ 603,00.

Para o café tipo conilon, a segunda-feira (26) também chegou ao fim apenas com altas técnicas. Novembro/20 registrou alta de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 1276, janeiro/21 subiu US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 1313, março/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 1321 e maio/21 também teve valorização de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1335.

Os preços chegaram a registrar baixas nesta segunda, mas voltaram a subir com as preocupações com o excesso de chuvas na produção vietnamina. “O conilon tem apoio devido à preocupação de que fortes chuvas possam atrasar a colheita do café no Vietnã, o maior produtor mundial de conilon”, afirma o Barchart. 

Analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas afirmam que caso as chuvas continuem expressivas, pode atrasar até em um mês a colheita no Vietnã, impactando diretamente na qualidade do café. Vale lembrar que o mercado já trabalha com a expectativa de baixa de pelo menos 5% na produção do país asiático. 


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