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Câmera reconhece imagens e envia para controle de bordo do carro
Um sistema desenvolvido por estudantes de engenharia do Sul de Minas promete ajudar os motoristas a seguirem a lei do farol baixo em rodovias, que voltou a vigorar no dia 19 de outubro. O projeto resulta de mais de 1 ano de pesquisas. Uma câmera é usada para reconhecer imagens e enviá-las para o controle de bordo do carro.
“A câmera fica no retrovisor do carro e envia as imagens para o controle de bordo, o ECU [um dos componentes da injeção eletrônica], que lê os sinais e reconhece se o veículo entrou em uma rodovia, se tem outro carro na frente”, explica o aluno de engenharia da computação Rafael Maciel dos Reis, de 22 anos.
O sistema ainda funciona na identificação de outras situações a que o veículo está sujeito e por isso usa câmera ao invés do GPS. “Além de encarecer o projeto, o GPS limitaria os aperfeiçoamentos que fizemos no sistema, como a identificação se há a presença de outros veículos na pista”, diz Reis. O mecanismo por câmera é importante também porque identifica áreas que, muitas vezes, ainda não foram mapeadas pelo GPS, como estradas rurais.
O ativador automático de faróis pode ser conferido a partir desta quarta-feira (26) na Feira Tecnológica do Inatel (Fetin), em Santa Rita do Sapucaí (MG), que reúne mais de 80 projetos de estudantes brasileiros e estrangeiros, de países como China, Japão, Alemanha, Bolívia e Colômbia.
A proposta de automatizar os faróis de carros começou a ser estudada pela equipe de Reis em 2015 e ganhou força com a entrada em vigor, em julho deste ano, de uma lei federal, que alterou o Código Brasileiro de Trânsito (CBT) e tornou obrigatório o uso do farol baixo durante o dia, sob qualquer condição de tempo, em estradas do país.
A aplicação da lei chegou a ser suspensa em setembro, após dúvidas sobre a validade da nova regra em trechos de rodovias que cortam áreas urbanas, mas foi retomada há uma semana.
Durante a Fetin, Reis e os colegas das engenharias de biomedicina, automação e telecomunicação, Caroline Ferreira, de 22 anos, Anderson André Palma, de 21, e Gabriela Lopes, de 21, pretendem demonstrar para o público as funcionalidades dos faróis automatizados, que já possuem alguns aperfeiçoamentos e podem facilitar, inclusive, a rotina de quem usa carros adaptados.
“Para quem tem deficiência, os carros costumam ter as funções manuais e, com a automatização, o farol se torna uma preocupação a menos para esses motoristas. O nosso sistema ainda reconhece se é noite ou se é preciso alternar entre as luzes alta e baixa. É possível programá-lo também para ativar o portão eletrônico da garagem, além de identificar se o veículo entrou em uma rodovia”, aponta o estudante de engenharia da automação.