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A pesquisa mostra dificuldades das empresas: 73% notam falta de candidatos qualificados e 44% a falta de candidatos interessados
A nova pesquisa da série Covid-19, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), pela consultoria Galunion, especializada no mercado food service, e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), ouviu 817 empresas de todo o País, que representam cerca de 14 mil estabelecimentos.
Entre os dados divulgados, o levantamento aponta que 72% dos bares e restaurantes ouvidos encontram algum tipo de dificuldade na contratação de funcionários para atuar no setor em questão.
Entre os principais desafios, 73% dos respondentes revelaram que há falta de candidatos qualificados, 44% notaram a falta de candidatos interessados por tais vagas, 34% dos candidatos escolhidos acabam não aceitando devido ao horário de trabalho oferecido, e 26% dos candidatos não aceitam por conta do salário oferecido.
Para explorar melhor esta questão, a pesquisa comparou o quadro de funcionários dos estabelecimentos, tendo como base informações de fevereiro de 2022 e do mesmo período pré-início da pandemia, ou seja, fevereiro de 2019.
Dessa forma, 43% dos negócios continuam com um quadro igual antes da pandemia, enquanto 37% estão com um quadro inferior e 20% com um quadro superior a pré-pandemia.
Levando em consideração os 37% que estão com menos funcionários, o estudo listou os potenciais motivos. Entre os fatores, 38% são por conta de vendas menores e um ajuste no quadro devido a isso, 33% efetuaram uma revisão geral das atividades e da escala de pessoal, e 12% afirmaram que o uso de tecnologia no momento do pedido do consumidor demanda menos colaboradores na operação.
“As soluções tecnológicas em bares e restaurantes vem crescendo a cada ano, principalmente em marcas que investem constantemente em inovação para melhorar a operação, o atendimento ao consumidor, a entrega do produto ou refeição e a experiência em toda a jornada de compra”, revela a CEO da Galunion, Simone Galante.
Segundo ela, “os entrevistados pretendem investir em aplicativos, ferramentas, softwares, hardwares e sistemas nos próximos dois anos. Entre os mais citados, destacamos que 67% querem soluções para o relacionamento com o cliente, 61% para a gestão do negócio no ponto de venda, 58% para a otimização de compras e abastecimento, 46% para integrar múltiplos canais de vendas, sejam próprios ou de terceiros, 34% para gestão e produtividade pessoal e 25% para monitoramento da concorrência e otimização da oferta e menu”.
Relevância
Ainda com base na gestão do negócio, o delivery continua se destacando, ainda mais para consumidores que possuem uma rotina híbrida no ambiente profissional. Das empresas que participaram do levantamento, 89% atuam neste canal.
Para verificar a relevância desse tipo de serviço, as marcas foram questionadas sobre a lucratividade do delivery. Assim, 47% revelaram que é certamente lucrativo, 24% que talvez seja lucrativo, 18% afirmaram que não dá lucro e nem prejuízo, 6% enxergam como talvez não lucrativo e apenas 5% acham que é certamente não lucrativo.
Para analisar melhor o comportamento do consumidor, a pesquisa quis saber se o cliente voltou a frequentar estabelecimentos e consumir no mesmo nível que antes da pandemia. Neste caso, 51% afirmaram que sim enquanto 49% que não.
Para mudar este cenário, o estudo elencou quais seriam ações que estão ou pretendem desenvolver no cardápio para atrair mais clientes e aumentar as vendas.
Entre elas
01. lançar produtos com novos sabores e texturas, com 57% das intenções;
02. focar em promoções, ofertas do dia e ações de valor, com 52%;
03. lançar produtos sazonais, frescos ou artesanais, representando 27%;
04. lançar produtos gostosos e indulgentes, para 26%.
Em menor proporção, também foram apontadas ações como focar em pratos clássicos populares, com 20%, lançar produtos veganos ou vegetarianos, com 19%, lançar produtos funcionais, com 16%, e lançar produtos ou promoções com marcas conhecidas, por meio de co-branding, com 12%.