Você sabia que a sua dor de cabeça pode estar relacionada a sua postura?

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  • Publicado em 17 de março de 2017 às 15:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:08
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Especialista revela que patologias ligadas à coluna podem gerar cefaleias constantes e outros problemas

Nem sempre aquela velha dorzinha de cabeça é causada por problemas na visão ou pela temida pressão alta. Especialistas revelam que tem crescido o número de casos provocados por erros posturais e tensões musculares diversas.

Segundo a fisioterapeuta Sarah Brandão, especialista em Fsioterapia Ortopédica e Traumatológica e doutora em Educação pela Florida Christian University (EUA), um dos principais motivos para as inconvenientes cefaleias podem estar relacionados à compressão dos nervos com relação ao disco. “A depender da postura, o disco pode sair do lugar, escorregar, gerar uma hérnia, comprimir o nervo e essa compressão, sem dúvida, acaba gerando a dor”, explica.

Outra causa apontada pela doutora é a síndrome miofascial que, segundo ela, tem crescido muito nos dias de hoje. “É o intumescimento da fáscia, que fica com edemas porque sofreu alguma consequência, que pode ser alteração de postura ou mesmo uma sobrecarga de exercícios. Isso gera nódulos e esses nódulos podem aumentar a tensão muscular na região do trapézio, do pescoço e do ombro, também causando incômodo”.

O ortopedista Alexandre Paniago, da Arthros Ortopedia, é especialista em ombro e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e cita um exemplo de situação comum no consultório. “Dentro da minha área de especialidade, observo que o mais comum são lesões no ombro, que causam instabilidade. Isso porque o ombro é uma articulação instável que não foi feita para suportar grandes cargas de peso”, explica, ao se referir ao abuso de exercícios físicos.

Sarah Brandão orienta que é fundamental a autocrítica e a atenção constante sobre a postura correta, principalmente nos locais onde as pessoas passam muito tempo na mesma posição. “Temos que estar sempre atentos a tudo, à altura da cadeira, da nossa mesa de trabalho e, sempre que puder, lembrar de alongamentos”, frisa.