Você sabia? A hora certa de amamentar é definida pelo bebê, diz especialista

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  • Publicado em 27 de agosto de 2017 às 09:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:19
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Muitas vezes, a insegurança das mães pode atrapalhar este ato e criar normas que não existem

O
universo da maternidade é cercado por muitas dúvidas. Uma delas é de quanto em
quanto tempo a mãe deve amamentar o bebê para que ele seja saudável. A pediatra
do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Miquelina Lucia Santarsiere
Etchebehere, explica que o aleitamento materno deve ser livre demanda, ou seja,
feito sempre que o bebê tiver fome.

Muitas
vezes, a insegurança das mães pode atrapalhar este ato e criar normas que não
existem. A pediatra ressalta que com o aleitamento materno não pode, nem deve
existir uma preocupação em relação à quantidade de vezes oferecidas. “Amamentar
de três em três horas é apenas uma média de ingestão de alimento. Quando a
criança chora, você pode dar de mamar.”

De
acordo com a médica, nem sempre o bebê chora por fome. “Tirando todos os
desconfortos, como dores, temperatura, posição, se mesmo assim continuar
chorando, a mãe deve amamentar”, afirma. Mas alerta para que esse processo seja
feito apenas quando o alimento for exclusivamente o leite materno. Alimentar
com complemento ou leite artificial não deve ser livre demanda.

De
acordo com a especialista, oferecer o leite materno sempre que o bebê estiver
com fome não traz nenhum risco ao peso ou mesmo de ocorrer uma sobrecarga de
alimentação. “Com bebês pequenos isso não acontece, eles choram de fome e têm
uma capacidade gástrica pequena. Se ele mamar mais do que suporta, vai
regurgitar esse leite.”

A
importância da amamentação é enfatizada pela pediatra, pois fortalece a relação
entre mãe e filho e traz grandes benefícios à saúde de ambos. “A mãe volta ao
peso de antes da gravidez mais rapidamente e a criança controla o peso. Já os
bebês amamentados com mamadeiras tendem a ser mais obesos do que os alimentados
com leite natural”, complementa a médica.

Outro
ponto importante neste processo, segundo Miquelina Lucia Santarsiere
Etchebehere, é a qualidade do leite. “Por mais que os artificiais sejam
modificados para imitar o alimento materno, o leite natural é específico, com
todas as vantagens possíveis, como a passagem de anticorpos à criança”, reforça
a pediatra.