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A abertura de uma CEI, em qualquer situação, vai arranhar profundamente a imagem de Gilson de Souza
Um grupo de vereadores articula para abrir uma CEI – Comissão Especial de Inquérito – para apurar a proximidade do prefeito Gilson de Souza (DEM) com uma construtora de Ribeirão Preto.
Para conseguir as cinco assinaturas necessárias, a oposição deverá se apegar em pelo menos três pontos que comprovam a proximidade do prefeito com a empreiteira. O primeiro ponto é o que justamente levantou as suspeitas: ao justificar a pressa do governo para a aprovação de mudanças na lei de parcelamento de solo, o vereador Nirley de Souza (PP), irmão do prefeito, deixou escapar, em plena reunião da Câmara, que representantes da empreiteira tiveram uma reunião fechada com Gilson em seu gabinete.
Na ocasião, o presidente da Câmara, Marco Garcia (PPS), alertou que não pegava bem, num momento como o atual da política nacional, falar em empreiteiras. “Isso arrepia os cabelos do relógio”, disparou Garcia. Mas o episódio passou batido, naquele momento.
Mas a declaração de Nirley foi de encontro à participação de duas pessoas ligadas à empreiteira na audiência pública que discutia o projeto. Ficou claro o interesse da empresa na aprovação e novamente estava latente a proximidade do governo com a empreiteira, que fez, na reunião, as vezes da equipe de Gilson.
Por fim, os vereadores somaram as evidências de que há uma conexão forte entre governo e empreiteira quando esta anunciou apoio financeiro à Associação Atlética Francana. O local escolhido para o anúncio: o gabinete do prefeito de Franca, Gilson de Souza.
Segundo um dos articuladores para a abertura de uma CEI, já há os cinco votos necessários para que a comissão seja instaurada. E fato é que, caminhando ela ou não para uma Comissão Processante, que tem poderes para indicar a cassação de Gilson, a imagem do prefeito ficará arranhada. E tudo isso com pouco mais de cinco meses de gestão.