Vereadores não devem comprar briga do prefeito com servidores públicos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de abril de 2018 às 11:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:39
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Se projeto for apresentado na terça, sem aval de funcionalismo, há grande chance de rejeição

A oposição Gilson de Souza (DEM) na Câmara dos Vereadores terá a faca e o queijo nas mãos para atacar o prefeito se o projeto de lei do reajuste do funcionalismo for de fato apresentado sem o aval dos servidores públicos municipais na sessão de terça-feira.

Isso porque, no entendimento dos vereadores, se o projeto chegar nessas condições, o prefeito estará terceirizando a responsabilidade sobre as negociações, até agora frustradas, junto aos servidores, para o Legislativo. “Não votarei esse projeto sem a concordância dos funcionários públicos em assembleia”, disse Adermis Marini (PSDB).

Gilson não terá vida fácil nem mesmo com sua bancada, pois a atitude causará desgaste com os quase cinco mil servidores, desgaste este que os vereadores não querem compartilhar com o prefeito de Franca.

A estratégia de Gilson seria enviar o projeto à Câmara antes mesmo da assembleia do funcionalismo, que será realizada na noite de terça-feira. Se os vereadores aprovarem, a greve dos servidores ficaria esvaziada, uma vez que as negociações serão encerradas e a Justiça seria a única forma de resolver o imblóglio.

Os servidores querem aumento de 8%, além do índice inflacionário de 1,81%, cartão alimentação de R$ 600, abono escolar de R$ 350, falta abonada e plano de carreira.

A oferta do prefeito foi de 1,81% de aumento, cartão alimentação, R$ 370 até dezembro deste ano e a partir de janeiro de 2018 passa para R$ 380. Ele também ofereceu um reajuste discreto para o abono escolar de R$ 5, passando de R$ 270 para R$ 275. Sua oferta foi rejeitada por unanimidade.


+ Política