Vereador é preso suspeito de extorsão contra prefeito de São Sebastião Paraíso

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de julho de 2019 às 16:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:41
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Segundo a polícia, vereador teria pedido R$ 50 mil para votar a favor do prefeito em reunião de cassação

O vereador e vice-presidente da Câmara de São Sebastião do Paraíso (MG), Ademir Alves Ross (PSD), foi preso por suspeita de extorsão contra o prefeito Walker Américo Oliveira (PTB) nesta segunda-feira (22). 

Segundo a Polícia Civil, o vereador teria pedido R$ 50 mil para votar a favor do prefeito em uma reunião da Comissão Parlamentar Processante (CPP) que aconteceria durante a noite, em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores.

A sessão seria para votar a cassação do mandato do atual prefeito, mas foi cancelada uma hora antes por força de uma liminar da Justiça, conseguida pela defesa de Walker. 

Se mais de dois terços votassem a favor do relatório, seria determinada a cassação. Paralelamente, surgiu a informação que o prefeito tinha recebido uma proposta do vereador para votar a favor dele.

Ainda conforme a polícia, o prefeito, depois de receber a proposta do vereador, teria feito a denúncia ao Ministério Público, que fez contato com a Polícia Civil.

No dia e local marcado para a entrega do dinheiro, nesta segunda-feira, o vereador foi preso em flagrante e levado ao presídio de São Sebastião do Paraíso.

Procurada pela EPTV, afiliada da Rede Globo, a defesa do vereador Ademir Alves Ross disse que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo.

Investigação

A CPP que investiga o prefeito Walker Américo Oliveira foi aberta em junho. Walker tinha sido afastado do cargo em uma sess”ao no dia 29 de abril, pela Câmara de Vereadores. 

O afastamento foi feito para que uma denúncia de improbidade administrativa fosse investigada.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi formada para investigar a legalidade do pagamento de cerca de R$ 46 mil a um advogado do Instituto de Previdência Municipal (Inpar), depois que a prefeitura quitou uma dívida de mais de R$ 500 mil com o instituto.

Na época em que os valores foram pagos, o prefeito era sócio do advogado do Inpar em um escritório de advocacia. 

A vice-prefeita, Dilma Aparecida de Oliveira (PSV) chegou a tomar posse. 

Mas, no dia seguinte, uma liminar do desembargador Alberto Vilas Boas Vieira de Sousa, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, permitiu que o prefeito voltasse ao cargo.


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