Vereador diz que Casa da Mulher Vitimizada fechou as portas sem explicações

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de abril de 2016 às 05:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:44
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Unidade foi recentemente inaugurada mas, segundo parlamentar, não tem realizado atendimentos

​O vereador Marcelo Valim (PSD) protocolou um requerimento questionando o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) sobre os motivos do fechamento da Casa da Mulher Vitimizada em Franca, que oferecia assistência a mulheres vítimas de violência doméstica na cidade.

O local, inaugurado há pouco mais de um ano, em janeiro de 2015, era um sonho antigo dos setores de defesa da mulher de Franca. Quando inaugurou o espaço, Alexandre afirmou que ele cumpria uma promessa de campanha de sua adversária nas eleições, Graciela David (PTB), que é delegada de defesa da mulher da cidade.

Valim disse que recebeu
denúncias de mulheres vítimas de violência doméstica, que foram
acolhidas, junto com seus filhos, na Casa da Mulher Vitimizada. A ideia do local era dar amparo a essas pessoas, que muitas vezes não tinham para onde ir e tinham de voltar para perto dos agressores.

“Com o fechamento da casa, essas mulheres voltaram a
ficar em situação de risco de morte ou ameaças em razão da
violência causadora de lesão, sofrimento físico, sexual,
psicológico ou dano moral”, disse o vereador.

O trabalho da casa fortalecia e encorajava a mulher para a
formalização da denúncia de violência e garantia a
integridade física e moral das mulheres acolhidas, que não se viam forçadas a continuar se submetendo às agressões.

Sem o apoio da Casa da Mulher
Vitimizada, essas mulheres voltarão a ter medo de formalizar a
denúncia, por ficarem sem retaguarda de sobrevivência, afinal,
muitas delas dependem do agressor. Quero que o senhor prefeito explique e justifique o fechamento”, afirmou o vereador.

O espaço era administrado pela Amafem (Associação Mão Amiga de Amparo Feminino), que teve os contratos rompidos com a Prefeitura após ser denunciada por irregularidades nos atendimentos prestados.


+ Cotidiano