Ventiladores pulmonares inteligentes feitos em MG: próximos da realidade

  • Entre linhas
  • Publicado em 11 de maio de 2020 às 09:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:42
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

O equipamento foi enviado ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas, onde está sendo submetido a testes

Por
meio do projeto social InspirAR e com o apoio da Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais (Fiemg), a empresa mineira de soluções tecnológicas
Tacom desenvolveu, em 20 dias, um protótipo de um ventilador pulmonar
inteligente para dar suporte no tratamento dos pacientes infectados pelo novo
Coronavírus.

Na última terça-feira, 05, o equipamento foi enviado ao Instituto
de Pesquisas Tecnológicas (IPT), onde está sendo submetido a novos testes, e a
expectativa é de que seja homologado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) já nos próximos dias. 

“Desafio maior do nosso projeto sempre
foi agilizar esse processo de homologação, que, em situação normal, dura de 6 a
12 meses. Mas acreditamos que agora, após passar por esta etapa, o equipamento
seja finalmente certificado”, conta o diretor comercial da empresa, Marco
Antônio Tonussi.

De
fácil manuseio e com custo aproximado de R$ 15.000,00, os ventiladores são
significativamente mais baratos que os respiradores importados existentes no
mercado, cujo preço médio gira em torno de US$ 30 mil. 

Mas, além do custo,
outros pontos colocam o ventilador em vantagem frente aos respiradores comuns. 

O equipamento evita o vazamento de ar contaminado, expirado pelos respiradores
convencionais e possibilita, ainda, que profissionais da saúde especialistas em
ventilação mecânica possam se dedicar a casos mais graves, já que os
ventiladores são controlados remotamente, bastando apenas um profissional para
controle de até 50 equipamentos simultaneamente.

Para
o desenvolvimento do ventilador pulmonar participaram do projeto médicos
intensivistas de uma grande rede de hospitais de Minas Gerais, uma equipe de 35
engenheiros, além de programadores e desenvolvedores.

“Nos países mais
atingidos, a falta de respiradores foi o principal motivo dos óbitos. Pensando
nisso e na tentativa de salvar vidas, decidimos nos movimentar para desenvolver
um novo modelo de ventilador pulmonar”, explica Tonussi.

Depois
de fabricados, os equipamentos serão doados ao governo estadual, que se
encarregará da destinação aos hospitais de campanha e demais instituições
hospitalares das cidades mais afetadas pela pandemia. A capacidade inicial de
produção será de até cem respiradores por dia e, até o f

inal de maio, a
expectativa é entregar mil unidades para a rede pública de saúde.


+ Saúde