Varejo reforça estoque e contrata para Black Friday que acontece nesta sexta

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de novembro de 2017 às 10:11
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 23:54
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Centros de distribuição varejistas de todo o país têm equipe reforçada e esperam aumento nas vendas

​Uma verdadeira operação de guerra. É assim que parece a preparação dos grandes varejistas que participam da Black Friday que acontece nessa sexta-feira, 24 de novembro.

Às vesperas do evento que promete grandes descontos em diversos produtos, os centros de distribuição de empresas de comércio eletrônico operam 24 horas para poder receber os pedidos dos clientes que, neste dia, chegam a triplicar se comparados com a média de vendas diária.

Os grandes varejistas chegam a se preparar com quase um ano de antecedência para este evento. Depois que avaliam a edição anterior, é hora de pensar em novas estratégias e correções para vender mais e reduzir o número de queixas que aumentam juntamente com as vendas nesse dia.

Para não correr o risco de ficar sem produtos para vender, as lojas reforçam o estoque para a data. Na Netshoes, e-commerce de artigos esportivos, por exemplo, os estoques em novembro são cerca de 50% acima do registrado em meses comuns.

Estoques recebem reforço de até 50% a mais em produtos para a Black Friday

E para dar conta de despachar tudo isso, a empresa contratou 750 funcionários temporários em novembro deste ano. É mais do que no ano passado, quando 600 pessoas reforçaram a equipe para a Black Friday, e o recorde para a empresa. Hoje, 2.500 fazem parte do quadro fixo de funcionários da empresa.

Para se ter uma ideia, a Netshoes despacha, por dia, 35 mil pedidos. Durante a Blck Friday, esse número sobe para 100 mil.

Na Ricardo Eletro, os escritórios também funcionam durante 24 horas na sexta, 24/11, e no sábado, 25/11. Os centros de distribuição, que normalmente funcionam em só um turno, costumam operar em dois. 

Além de planejar a logística, o comércio também negocia preços com fornecedores com, no mínimo, seis meses de antecedência. Para conseguir oferecer descontos realmente atrativos, as empresas precisam comprar o produto com preços menores do fornecedor.

De acordo com o Walmart, um grupo de trabalho com profissionais de todas as áreas envolvidas se reúne duas vezes por semana para alinhar todo o processo e fluxo de informações. Todos os anos, ao final de cada Black Friday, esse grupo analisa o que deu certo e tira lições para eventos futuros. Com isso, o ciclo nunca termina, ele pode ser corrigido e melhorado o tempo todo.

Nos últimos anos, a Black Friday vem se consolidando no calendário de datas importantes para o comércio brasileiro. Diante das ofertas e da primeira parcela do 13º que alguns trabalhadores já receberam, as compras de Natal acabam sendo adiantadas para novembro.

Na Netshoes, a Black Friday é mais rentável do que qualquer outra data do varejo, como Dia das Mães ou Natal. Para aproveitar a temporada de vendas fortes, a varejista organizou o evento para durar o mês inteiro.

Mas isso não quer dizer que não haverá um pico de vendas na sexta-feira, o dia oficial de descontos. A partir de quinta-feira, mais produtos e descontos diferentes serão apresentados e as condições de compra seguem durante todo o final de semana ou enquanto durarem os estoques.

A logística de Black Friday continua fora dos centros de distribuição das varejistas. Os Correios, que distribuem produtos vendidos pela internet para grandes e pequenas empresas, preveem um aumento de 25% no volume de encomendas entre novembro e dezembro.

Para atender a demanda, a empresa  terá reforços como mão de obra temporária, aumento nas linhas de transporte e intensificação das ações de gerenciamento de risco.


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