Varejo paulista contratará até 25 mil temporários para o fim do ano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de setembro de 2017 às 17:21
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:22
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Comércio varejista mostra uma tendência de recuperação de vagas formais para 2017

A contratação de trabalhadores temporários para atender à movimentação intensa de compras decorrente das festas de fim de ano tem início nos meses de outubro e novembro, período em que se registra a maior geração de vagas formais (admissões menos desligamentos) no varejo paulista. 

Segundo a FecomercioSP, em 2017, o comércio varejista mostra uma tendência de recuperação de vagas formais, e a expectativa de contratação de trabalhadores temporários no estado de São Paulo é de até 25 mil vagas, ante as aproximadamente 19 mil vagas vistas no mesmo período de 2016.

Para a Entidade, o setor de vestuário, tecidos e calçados deve concentrar cerca de 50% das vagas, e os supermercados paulistas, aproximadamente 25%. As demais vagas temporárias deverão ser abertas pelas atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; e farmácias e perfumarias.

Entre as principais razões para o aumento na geração de vagas temporárias está a sólida recuperação das vendas do comércio varejista que cresceram 3,6% no acumulado do primeiro semestre. 

Além disso, dado que o ciclo recessivo enfrentado pelo varejo paulista nos últimos três anos resultou na eliminação de quase 140 mil vínculos formais entre janeiro de 2015 e junho de 2017, o aumento da demanda exige que os estabelecimentos reponham o seu quadro de funcionários.

Segundo a assessoria econômica da Federação, as condições presentes hoje são bem menos adversas, em termos de confiança e mesmo de resultados econômicos, do que aquelas vigentes há um ano.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), e seu subíndice de perspectivas de contratação de funcionários, por exemplo, registraram crescimento em torno de 20% em relação ao ano passado.

O próprio mercado de trabalho do comércio varejista paulista já mostrou sinais reação. A perda de vagas no primeiro semestre de 2017 foi metade da verificada no mesmo período de 2016, e a geração de empregos com carteira assinada acumulada em julho e agosto deste ano (13.682 vagas) foi quase o dobro do registrado em 2016.

Para a FecomercioSP, o faturamento real do varejo paulista deve crescer aproximadamente 5% em 2017, consolidando o ciclo de recomposição do consumo mesmo diante das instabilidades políticas, trazendo boas perspectivas para 2018. 

Vale ressaltar, porém, que o setor ainda vai demorar para recuperar os níveis de vendas pré-crise e, por esse motivo, a expectativa é de que ocorra uma mínima efetivação de vínculos temporários, em torno de 10%.


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