Varejo calçadista investe em tecnologia para crescer em mercado de R$ 44 bi

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 10:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:27
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Pesquisa revela aumento de 1,5% na indústria e 6,5%, no varejo em relação a 2016

O mercado calçadista brasileiro deverá movimentar receita de R$ 33 bilhões na indústria em 2017, com produção na casa dos 808 milhões de pares e venda de mais de 670 milhões de pares somente no varejo, setor no qual as vendas passarão dos R$ 43,9 bilhões.

Os números, que são de pesquisa do Instituto de Estudos e Marketing Industrial – IEMI, revelam aumento de 1,5% na indústria e 6,5%, no varejo do segmento em relação a 2016.

O crescimento do setor impulsiona players de todas as vertentes. Especialmente os varejistas. Caso da rede de franquias de calçados multimarcas Lojas Calci, que nos últimos quatro anos expandiu a estrutura de somente uma loja para 18 unidades franqueadas, com meta de chegar a 21 lojas espalhadas pelo país até 2021.

O plano da empresa, que tem sede em Lajeado-RS, é embasado em tecnologia de gestão. Desde 2013, quando iniciou sua expansão, a rede adotou uma plataforma de software de Business Analytics para melhorar o entendimento de seu mercado, seus públicos, gaps e oportunidades, e dar suporte à tomada de decisões.

O plano cresceu junto com a empresa: atualmente, o software é utilizado por mais de 70 usuários da franqueadora, gerando mais de 197 análises e mais de 15 mil atividades por mês.

Conforme Antônio Carlos Diehl, gestor da Calci, a base do crescimento da rede está em ações de atração e fidelização de clientes, resultando na expansão de mercados, e isso depende da assertividade na análise de dados. É neste ponto que a tecnologia de Analytics tem sido aliada.

A ferramenta utilizada pela rede é o BIMachine, software que automatiza a coleta, análise, qualificação, distribuição e gestão dos dados da Calci. “Com esta tecnologia, podemos entregar na mão do usuário de cada área de negócio a capacidade de criar visões e painéis de acordo com suas necessidades, rotinas, experiências e conhecimento específicos”, comenta Diehl.

Já o gerente de TI da Calci, João Batista Cortez, explica que o movimento de adoção da tecnologia na empresa ocorreu de forma inversa ao que é tradicional no mercado. “Na maioria das vezes, o software de Analitycs se adapta à realidade da empresa usuária, mas no nosso caso foi o contrário: o modelo de negócios foi estruturado para usar BA, e precisamos de auxílio fornecedor para capacitar a equipe e adaptar processos”, comenta ele. “Hoje podemos contar com respostas instantâneas do sistema para realizar vários tipos de segmentação – por localização geográfica, por categoria de produtos etc. Isso nos possibilita tomar decisões rapidamente, a partir da mudança de cenários e visões”, completa.

Ainda de acordo com o gestor, a tecnologia é utilizada tanto na franqueadora quanto em todos os franqueados, e faz análise e gestão de dados de áreas como Vendas, Compras, Estoque, Cliente, Posicionamento e Mercado, entre outras.

De acordo com Douglas Fernando Scheibler, CEO da SOL7, empresa responsável pelo BIMachine, a adaptação referida por Cortez demandou a adição de aplicativos com inteligência em gestão analítica, gerando “uma competição saudável entre os franqueados”, por meio de um painel personalizado de indicadores consolidados da rede que fornece informações de mercado.

“Além disso, melhoramos o tempo de execução de tarefas relacionadas a informações, o que liberou equipes de liderança para dedicarem-se a funções de gestão, e passamos a tomar decisões baseadas em dados reais de mercado, o que é fundamental para definir estratégias e ações que expandem a atuação da empresa”, finaliza Diehl.


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