Vacina da gripe pode reduzir risco de ataque cardíaco em 85%, diz estudo

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 4 de agosto de 2020 às 22:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:03
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Imunização reduz o risco de ocorrência de enfartes em até 85% e corta para metade o número de derrames

U​m novo estudo, realizado por pesquisadores da Texas Tech University Dallas, nos Estados Unidos, aponta que a vacina da gripe diminui até 85% o risco da incidência de enfartes e reduz para metade o número de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). 

A vacina da gripe tem o poder de diminuir a probabilidade dos indivíduos sofrerem um ataque cardíaco ou AVC, segundo uma nova pesquisa, divulgada no jornal britânico Mirror Online. 

Cientistas norte-americanos afirmam que a imunização reduz o risco de ocorrência de enfartes até 85% e corta para metade o número de derrames. 

O estudo realizado em pacientes – considerados de alto risco – internados em hospitais apurou ainda que as mortes por qualquer causa decaíram para quase três quartos entre quem tinha mais de 50 anos. 

Realizado com uma amostra de mais de sete milhões de doentes – trata-se de uma das maiores pesquisas do gênero feitas até ao momento.

Roshni Mandania, líder do estudo, e médica em formação na Texas Tech University Dallas, disse: “os dados apurados são assombrosos. É difícil ignorar os possíveis efeitos positivos da vacina da gripe em complicações cardíacas severas”. 

“Muitos indivíduos não consideram a vacina da gripe necessária ou importante, e muitos podem deparar-se com vários obstáculos para acederem a esse tipo de imunização”. 

Receber imunização contra a gripe ajuda a prevenir a formação de infecções no tórax – que por sua vez enfraquecem o sistema imunológico. 

Infecções essas que são bastante comuns em grupos de alto risco, que incluem pessoas acima dos 50 anos e aqueles que vivem em lares. 

Mandania e uma equipe de pesquisadores compararam o impacto em 168,325 pacientes que receberam a vacina, e uma vasta maioria que não recebeu. 

Indivíduos imunizados com mais de 50 anos apresentaram uma probabilidade 85 e 28% menor de sofrerem uma parada cardíaca ou ataque cardíaco – provocado por problemas circulatórios no órgão, respectivamente. 

Concluíram ainda que os pacientes registravam uma chance 47% mais reduzida de sofrerem um mini AVC, ou acidente isquêmico transitório (AIT). Na totalidade, a taxa de mortalidade decaiu para 73%. 


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