​Usina de Estreito na lista da privatização de Furnas; Minas Gerais já protesta

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de abril de 2018 às 15:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Devido ao abandono na Usina de Estreito, muitos torcem pela privatização e mudança de rumos

A Usina Engenheiro Luiz Carlos Barreto de Carvalho – Estreito – no Município de Pedregulho, a 80 km de Franca está na lista daquelas que serão privatizadas pelo Governo Federal em processo de passagem da ELETROBRAS para a iniciativa privada que será comandada pelo novo Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. 

A Usina integra o sistema Eletrobrás, do qual passou a fazer parte a empresa Furnas Centrais Elétricas e da qual a Usina de Estreito, em Pedregulho, faz parte. 

Há protestos de origem política, pois no caso de Pedregulho são muitas as reclamações contra Furnas, que abandonou o Acampamento da Usina de Estreito, deixando de tocar, por exemplo, o Hospital e o Ambulatório Médico, o que tem obrigado a Prefeitura de Pedregulho a fazer investimentos.

A Prefeitura de Pedregulho assumiu a responsabilidade que era da empresa de manter os serviços comunitários, como por exemplo, a conservação da Vila Residencial do Estreito (manutenção de ruas, limpeza pública, conservação de asfalto, iluminação pública, áreas médica, social e comunitária), além da maior omissão: a conservação da Vicinal Antônio Giolo, que não é de responsabilidade da Prefeitura, nem do DER, pois integra as áreas desapropriadas quando a Usina de Estreito foi construída. 

Por conta da omissão de Furnas Centrais Elétricas nestas questões essenciais para a comunidade das Vilas Residencial do Estreito, Barreira e Primavera (antigo Chora Nenê) é que a comunidade está dividida, com grande parte, senão a maioria, defendendo que realmente a privatização ocorra e traga novas perspectivas para centenas de pessoas que habitam aqueles bairros residenciais, chácaras, sítios, fazendas e ranchos à margem da represa.

MAS HÁ PROTESTOS

Mas há quem defenda que as usinas hidrelétricas do sistema Eletrobrás continuem sobre controle de Furnas. 

O primeiro protesto contra a privatização, que parece irreversível, aconteceu em São José da Barra (MG) região de Passos. 

A manifestação aconteceu em frente à barragem da Hidrelétrica de Furnas, uma das empresas que poderá ser privatizada por ser subsidiária da Eletrobrás.

O projeto de lei que pretende privatizar a empresa tramita na Câmara Federal, mas a votação que deverá definir a venda ou não do grupo Furnas Centrais Elétricas está prevista para acontecer em maio.

Além da possível demissão e terceirização de funcionários, os representantes contrários à privatização estão preocupados com a queda no turismo na região.

“E a gente sabe que, com a privatização, a gente não estaria apenas a usina, tem a questão da água que é uma questão muito importante. E não é o fato de falar que existem agências para regular isso. A gente sabe como funciona no Brasil e sabe como essas agências não estão funcionando. Então, a gente tem muita preocupação do que pode acontecer, porque um projeto turístico na beira de um lago sem água, ele não para em pé”, afirma Fernando Queiroz, diretor do Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais.


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