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OMS lançou compromisso para diminuir a falta de atividade física no mundo em 15% até 2030
Um em cada 4 adultos não pode
ser considerado praticante de atividade física, diz a Organização Mundial de
Saúde. Entre os adolescentes (11-17 anos), quatro em cada cinco são
sedentários.
Nos adultos, o sedentarismo
está presente em 23% dos indivíduos; já nos mais jovens, esse índice é de 81%
(a OMS tem critérios mais rígidos para a atividade física nos adolescentes).
Os dados sobre inatividade física foram apresentados
pela Orgaização Mundial de Saúde na última segunda-feira, 04 de junho,
juntamente com uma meta global: que países-membros da OMS se comprometam com a
redução do sedentarismo em 10% até 2025 e em 15% até 2030.
A nova meta da entidade está
atrelada a outros objetivos como a diminuição das taxas de doenças associadas
ao sedentarismo. Pessoas que não praticam atividade física têm mais chance de
desenvolver condições como infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral), câncer de
mama e câncer colorrretal, por exemplo.
A atividade física também ajuda no controle do peso,
contribui para a saúde mental e previne condições como a pressão alta.
Ainda,
estima-se que o sedentarismo onere a assistência à saúde no mundo em US$ 54
bilhões anuais: 57% desse valor é pago pelo setor público e os outros US$ 14
bilhões são atribuíveis à perda de produtividade (quando pessoas começam a
faltar ao trabalho por condições associadas ao sedentarismo, por exemplo).
Estudos recentes apontam que o
sedentarismo contribui para maiores níveis de glicose no organismo, além de
aumentar o risco de mortalidade de modo geral.
A OMS acredita que metas de aumento de atividade física
vão contribuir para que outras metas não diretamente associadas à saúde sejam
atingidas. Entre elas estão o aumento da qualidade do ar, a conservação do meio
ambiente, maior desempenho acadêmico e maior promoção da desigualdade.
A diretriz da OMS para redução do
sedentarismo está apoiada em quatro ações:
– Criar
sociedades ativas: a
promoção de uma mudança de paradigma em toda a sociedade, aumento o
conhecimento sobre os benefícios da prática de atividade física.
– Criar
ambientes ativos: Criar
ambientes que promovam a atividade física, como parques abertos a todos e
seguros.
– Criar
pessoas ativas: desenvolver
programas em diversos contextos (trabalho, escola, etc) para que mobilizar a
atividade física.
– Criar
sistemas ativos: mobilizar
a ação política e lideranças, com a capacitação de profissionais.