Tucano e PSB podem ser ponto de equilíbrio do governo no Legislativo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de junho de 2017 às 05:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:14
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Um dia antes da votação de projeto, prefeito Gilson de Souza já sabia que seria aprovado

O projeto mais polêmico apresentado pelo prefeito Gilson de Souza (DEM) até o momento, que mudou as regras do parcelamento de solo em Franca, foi aprovado nesta terça e demonstrou que o governo costurou uma base ampla, que conta até com o vereador tucano Donizete Mercúrio.

A matéria passou mesmo tendo irregularidades gritantes, como a falta da realização de audiência pública, e o conselho do próprio secretário de Urbanismo de Gilson, Virgílio Reis, para que os vereadores votassem contra. Foi uma vitória considerável.

O voto de Donizete​ não foi muito bem visto internamente, no PSDB, mas ele não deve ser questionado oficialmente sobre seu posicionamento. Gilson contou ainda com dois votos do PSB, Claudinei da Rocha e Pastor Palamoni, que teriam seguido “orientações do partido”.

Para o governo, mais importante que a aprovação deste projeto foi a constatação de que ele conta com nove votos certeiros na Câmara Municipal e que, desta maneira, tem número suficiente para aprovar praticamente qualquer coisa, salvo matérias que exijam dez votos.

A confiança de Gilson de Souza era tamanha que ele sequer mandou representantes para a Câmara a fim de buscar apoio dos vereadores. A retirada, que chegou a ser cogitada, foi descartada pelo prefeito. A CEI – Comissão Especial de Inquérito – tão falada nos bastidores sequer foi mencionada na Câmara.

A oposição, apesar de não conseguir derrubar o projeto, também demonstrou sua força. Além de Marco Garcia (PPS) e os tucanos Kaká, Adermis Marini e Tony Hill, Della Motta (PTN) também se posicionou com clareza, mesmo em um partido que oficialmente é governista, e Cristina Vitorino (PRB), que para o governo era voto certo no “sim”, sem alarde, votou contrário.

O próximo teste de força do governo acontecerá nas próximas sessões, quando será apresentado o projeto de lei que regulamenta os cargos comissionados da Prefeitura de Franca – atualmente em torno de 300.


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