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Mudança foi considerada um ato
político que não levou em conta
o sucesso do trabalho realizado
Quando trocou o PSDB pelo PSB, assim que o vice-governador Márcio França assumiu o governo do Estado, Roberto Engler teria feito um acordo de que todos os cargos públicos comissionados do Estado na região seriam preenchidos por ele.
Com o prestígio em baixa nos últimos anos do então governador Geraldo Alckmin, que agora é candidato a presidente da República, Roberto Engler viu na mudança uma oportunidade de voltar ao cenário do poder político regional.
Tudo começou com a mudança na chefia do Escritório Regional de Governo, de onde saiu Valéria Marson para entrar o ex-prefeito de Itirapuã, Marcos Alves.
Agora, sem nenhuma comunicação antecipada, foi realizada a troca na Diretoria Regional de Ensino, saindo a professora Maria Luiza Franco Nery Machado para entrar o Diretor Marcos.
Os professores da rede estadual criaram grupos de WhatsApp e disseminaram a informação, inclusive com cópia do ato publicado no Diário Oficial, com violentas críticas a Roberto Engler por tratar politicamente a educação, que tem merecido um esforço concentrado de muitas lideranças, interessadas em sua melhoria.
Não bastasse isso, o Núcleo de Franca do Grupo Mulheres do Brasil, formadas por lideranças que trabalham seriamente pela educação pública de qualidade, massificou o descontentamento com uma publicação oficial.
É bem provável que Roberto Engler não tenha atentado para a seriedade com que a educação é tratada pelos professores e por lideranças que querem construir um Brasil melhor.
Na ânsia de mostrar poder e numa disputa interna pelo controle do partido a que acabou de chegar, Engler passou por cima de conceitos básicos, como eficiência e interesse público: se preocupou apenas com seus interesses particulares.
Esse episódio ainda tem uma repercussão política negativa: o diretor Marcos é suplente de vereador pelo PSDB de Franca e foi nomeado para o cargo de dirigente do Ensino em Franca por um deputado do PSB que está em campanha política, buscando sua reeleição.
O meio político está entendendo que o Diretor Marcos passa a dever fidelidade e lealdade ao deputado que o nomeou, deixando de lado companheiros antigos de partido, como os vereadores Kaká e Adérmis Marini, que buscam a eleição como deputados justamente no PSDB, que é o partido ao qual o diretor está filiado.
Como se diz nos meios políticos, pixotada maior do que essa não tem.
(Caio Mignone)