Transplantes de órgãos no estado de SP caem 24% durante a pandemia

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 20 de setembro de 2020 às 13:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:15
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Medula óssea lidera estatística negativa, com queda de 37% no período. Saiba como doar.

A pandemia do novo coronavírus prejudicou o transplante de órgãos no estado de São Paulo. De janeiro a março deste ano, enquanto a doença ainda não estava em níveis avançados, foram 236 transplantes de órgãos como coração, fígado e pulmão. No trimestre seguinte, de abril a junho, já na quarentena, foram 180, uma queda de 24%.

A explicação é que a pandemia desmontou parte dos serviços hospitalares, que passaram a ser usados para tratar pacientes com Covid-19. Além disso, órgãos infectados pelo coronavírus foram descartados. A boa notícia é que é possível ver uma retomada dos transplantes.

“Agosto já teve uma recuperação de mais de 17%, então a tendência é que, continuando o aumento da doação, a gente recupere os números que foram perdidos no pior momento da pandemia”, afirma a médica Luciana Haddad, membro da Associação Brasileira de Transplantes de Órgão.

Para ser um doador, é importante que a família saiba dessa intenção. Isso porque a recusa na hora da doação é de cerca de 40%. É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros localizados em todos os estados do país.

Doação de medula óssea
Os dados da Abto mostram também que, no caso da medula óssea, o número é ainda pior: uma queda de 37%.

E, para quem deseja doar medula, o cadastro é bem simples.

A pessoa precisa:
Ter entre 18 e 60 anos;
Estar em bom estado de saúde;
Ir até um banco de sangue e informar que pretende ser doador.

Após isso, os dados vão para o registro nacional de doadores voluntários de medula óssea, e você será chamado assim que for encontrado algum paciente que precise do transplante.

Quanto mais gente doando, mais chances de ajudar. Isso porque as chances de encontrar um doador compatível entre alguém que não é da mesma família é de 1 em 500 mil.

“No caso da medula, você está doando uma vida. E a satisfação dessa pessoa de estar podendo ajudar a salvar uma vida deve ser maravilhoso, algo único na vida”, diz o bancário Rodrigo Machado, que precisou de um transplante de medula.


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