Ticket diz que 1 em cada 3 trabalhadores não está fazendo home office

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de março de 2020 às 11:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:32
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Pesquisa com 7 mil pessoas diz que 35% dos empregados não contam com política de trabalho remoto

A Ticket, marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred, realizou um levantamento entre 20 e 22 de março, com mais 7 mil usuários de seus benefícios, como o Ticket Restaurante e o Ticket Alimentação, em todo o Brasil. 

Na oportunidade, os empregados foram questionados sobre como a empresa em que trabalham está se adaptando para manter suas atividades, mesmo diante desta crise global de saúde. 

Destaca-se o fato de que 35% dos participantes revelarem que o seu local de trabalho não conta com uma política de home office, e que não aderiram a prática até o momento.

Não muito longe desse cenário, outros 34% revelaram que a empresa em que atuam já contava com uma política de home office, mas que houve modificações em razão dos casos do novo coronavírus no País.

Outros 23% relataram que sua empresa não contava com uma política, mas que passaram a adotar o sistema na última semana; e outros 7% responderam que já contavam com um modelo de trabalho remoto, mas que não houve modificações em razão do coronavírus.

A Ticket foi ouvir os empregados que fazem parte da sua base de usuários e que utilizam seu aplicativo em smartphones como uma forma de mostrar o cenário do trabalho remoto dos brasileiros na última semana.

Do universo de mais de 7 mil participantes, chama atenção o fato de que 16% deles já estão em esquema de home office e manifestaram o sentimento de proteção por estar em casa.

“É algo muito positivo para a população que lida com um fato novo, e que mobiliza o mundo inteiro”, destaca o Diretor-Geral da Ticket, Felipe Gomes.

A pesquisa ainda revela outros dados relacionados à rotina, entre os quais, aspectos positivos, como: 15% dos participantes destacarem como benefício não ter de gastar tempo no deslocamento ao trabalho com o transporte público;

11% destacaram estar próximos da família; 10%, o desafio de uma nova forma de trabalho; 9%, a flexibilidade de horário e conforto; e 8% apontaram de forma positiva a produtividade pessoal.

Já entre os aspectos que os deixam insatisfeitos no trabalho a distância, 17% apontaram o distanciamento dos colegas e o isolamento como aspectos negativos ; 15% destacaram a distração;

14% revela não ter uma estrutura em casa para o trabalho remoto; 13% o fato de não ter tanta informação da empresa; e 10% disseram que estão trabalhando mais em casa do que quando estão na empresa.

As ferramentas mais utilizadas pelos empregados no trabalho remoto são: grupos do WhatsApp e aplicativos de conversa (20%); troca de e-mails (16%); o notebook (12%); ferramentas existentes na empresa (11%);

Vídeochamadas e ligações pontuais (10%); reuniões diárias por vídeochamadas (8%); telefone digital instalado no computador (4%); em alguns casos, não há um procedimento definido (4%); ou utilizam outras ferramentas (1%).

Dos trabalhadores brasileiros que estavam em esquema de home office na última semana, 38,5% são do Estado de São Paulo; seguidos de 12,5% do Rio de Janeiro; 8%, de Minas Gerais; 5%, do Paraná; 4,2%, do Rio Grande do Sul; 4,1%, da Bahia; 3,2%, de Pernambuco; e 24,5%, de outros Estados.

Para 55% deles, a política de home office foi instituída para toda a organização na última semana. Já para 17%, foi aplicada somente para pessoas consideradas do grupo de risco ; 15%, apenas para colaboradores diretos; 1%, para os casos de retorno de viagem; e 12% relatam outras questões.

O levantamento também mostra que 54% dos profissionais que estiveram em trabalho remoto são de organizações com mais de 500 funcionários, e os setores que se destacam na adesão da modalidade são os de serviços como os das áreas de tecnologia e financeira, seguidos do setor industrial, em especial os relacionados à construção civil, metalurgia e montadoras.

Dos trabalhadores que apontaram não estar trabalhando em home office, 44% são de empresas com mais de 500 funcionários.

Entre os setores de destaque, está o de serviços, incluindo os essenciais, como segurança, limpeza e supermercados, seguidos da área da saúde, como clínicas, hospitais e planos de saúde.

Nas respostas desses trabalhadores, ainda que não estejam trabalhando em casa, as empresas implementaram medidas em relação ao novo coronavírus, como: 29% revelam receber informações sobre os sintomas e dicas de prevenção;

26% destacaram reforços na limpeza geral; e outros ainda revelaram a adoção de medidas como alteração de horários das equipes (11%), o aumento da distância entre as pessoas no trabalho (11%); e o fato de não ter sido implementada nenhuma medida (11%).

“Sabemos da necessidade de as empresas adaptarem a rotina para preservar o bem-estar de suas pessoas, equilibrando com o mínimo impacto em suas atividades neste período crítico”.

“Aqui, na Ticket, constatamos na prática o quanto o home office pode ser produtivo, e percebemos agora o quanto se torna ainda mais relevante – e até estratégico – em um momento que demanda novos modelos de trabalho”, finaliza Gomes.


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