Testosterona pode ser indicada para manutenção da boa saúde feminina

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 23:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:19
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Sua reposição torna-se muito importante na fase do climatério, quando há queda da libido

Quando se pensa em testosterona, um hormônio tipicamente masculino, normalmente lembramos que pode aumentar o número de pelos no corpo, causar acne e engrossamento da voz, muitas vezes de forma irreversível. 

No entanto, se não administrada de maneira correta, também pode aumentar o endométrio, alterar o tamanho do clitóris e até causar resistência insulínica e doença cardiovascular.

Mas, apesar de tantos efeitos desagradáveis e até irreversíveis, a testosterona é muito importante para as mulheres, principalmente na fase do climatério, quando há uma queda na libido. 

A diminuição do estrogênio no organismo ocorre ao longo dos anos e sua reposição deve ser feita quando indicada pelo médico.

Segundo o médico José Maria Soares Júnior, professor de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o tratamento medicamentoso só funciona se não houver fatores psicológicos envolvidos, como estresse, problemas financeiros, sociais ou com o parceiro.

Quando se fala em uso de testosterona por mulheres, é preciso acender um alerta. Isso porque o hormônio está cada vez mais popular para fins estéticos. 

Afinal, ele estimula a formação de músculos, queima de gordura e combate a celulite. No entanto, a prática é perigosa e nem sempre recomendada pelos médicos. 

Os efeitos colaterais nas pacientes devido ao mau uso são crescimento de pelos, surgimento de espinhas e engrossamento da voz.

Além da reposição hormonal, a testosterona pode ser usada em casos específicos de tratamentos de câncer e endometriose, de acordo com o diagnóstico de cada paciente. 

A concentração e a via de administração (via oral, injeção ou implante) desse hormônio devem ser rigorosamente seguidas por orientação médica, para evitar que sobrecarreguem o fígado.

Seja para reposição ou terapias hormonais, vale lembrar que cabe somente ao médico avaliar o grau do benefício e do risco.


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