Teste do Pezinho: APAE de Batatais realizou 683 coletas durante o ano de 2018

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  • Publicado em 6 de junho de 2019 às 18:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:36
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Exame obrigatório para recém-nascidos visa detectar doenças congênitas e infecciosas

Exame é importante para identificar doenças muitas vezes assintomáticas (Foto: Alex Raimundini)

O
Teste do Pezinho é um exame obrigatório, realizado em todos os recém-nascidos.
A coleta para o exame deve acontecer, preferencialmente, entre o terceiro e
quinto dia de vida do bebê e é realizado em maternidades e unidades de saúde de
todo o país. Em Batatais, as coletas de sangue acontecem, desde 1993, na APAE,
e são, posteriormente, encaminhadas ao Laboratório do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto [HCFMRP] para análise.

A
instituição fechou 2018 com 85% de cobertura no Teste do Pezinho. De acordo com
a coordenadora de saúde da APAE Batatais, Patrícia Rocha, no ano passado, a
instituição realizou 683 coletas de sangue para exames. Destes, 605 obtiveram
resultado normal na primeira amostra coletada e receberam alta. O total de 78
bebês necessitaram fazer reteste, sendo que 16 destes apresentaram resultado
final alterado.

Segundo
Patrícia, o objetivo é detectar, precocemente, doenças que se não tratadas a
tempo poderão causar lesões irreversíveis e levar à deficiência intelectual e
causar outros prejuízos à saúde das pessoas. São doenças congênitas,
infecciosas e assintomáticas como a fenilcetonúria (PKU); hipotireoidismo
Congênito (HC); anemia falciforme; fibrose cística; deficiência de biotinidase
e hiperplasia adrenal congênita.

Para
os casos que apresentam alterações na avaliação genética, a APAE Batatais
dispõe de  uma equipe multidisciplinar composta por especialistas das
áreas de genética, neurologia, psiquiatria, ortopedia, otorrinolaringologia,
psicologia, nutrição, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, enfermagem
e assistência social que oferece o apoio e o atendimento necessários aos bebês.

João
Lucas, filho da enfermeira Flávia Tardivo Gaeta, nasceu prematuro e foi um dos
bebês que passou pela avaliação três vezes antes de receber alta. “O
atendimento foi excelente, não tenho do que reclamar, todo mundo muito
atencioso, tudo bem explicado, fomos bem acolhidos pela equipe médica e de
enfermagem, pela recepção. Hoje meu filho está saudável e superbem. Isso
tranquiliza a gente”, conta a mãe.

Flávia
ainda alerta as famílias sobre a importância do serviço, que além de
obrigatório, é gratuito. “As famílias têm que se conscientizar que é realmente
necessário fazer. Não é luxo, não é bobeira, não pode deixar pra depois. Tem
que fazer pra saúde da criança, pra ela crescer saudável e se desenvolver, sem
nenhuma preocupação para as mães”, ressalta.

Modelo
no serviço de prevenção, a APAE Batatais oferece à população, serviços
extensivos à coleta do Teste do Pezinho como a Triagem Auditiva, conhecido como
“Teste da Orelhinha”, que detecta possíveis alterações auditivas e a Avaliação
Genética que detecta precocemente fatores de risco que podem indicar síndromes
ou atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.

Atualmente,
a instituição atende a demanda referenciada do município em sua totalidade e,
 quando necessário, recebe neonatos dos seis municípios que compõem o Vale
das Cachoeiras e são atendidos pelo Centro Especializado em Reabilitação – CER
III APAE Batatais: Altinópolis, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Santa
Cruz da Esperança e Santo da Antônio da Alegria,

Sobre o Dia Nacional do Exame do Pezinho

O
Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado no dia 6 de junho, foi criado com o
intuito de alertar a população sobre a importância de realizar o exame de
prevenção, que visa impedir o desenvolvimento de doenças que, se não tratadas,
podem levar à deficiência intelectual ou outras doenças.

O
Teste do Pezinho é feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do
recém-nascido. Desde 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o país e, em
2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal.
Segundo o órgão, mais de 80% das crianças nascidas em território nacional
passam pela Triagem Neonatal anualmente.


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