Termômetro aponta maior chance de crise entre micros e pequenas indústrias

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  • Publicado em 5 de agosto de 2018 às 00:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
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Expectativa de crise intermediária à aguda entre elas é a maior em 2018 e sobe mais de 67% em junho

O Termômetro do 64º Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) ao Datafolha, aponta que no mês de junho a expectativa de crise intermediária ou aguda somam 67,6%. Em janeiro, a mesma expectativa era de 10,6%. O percentual elevado do mês de junho indica o ápice da crise enfrentada pelos dirigentes das MPI’s em 2018.

probabilidade de crise aguda em junho foi de 4,9%, percentual elevado quando comparado aos meses anteriores. De janeiro para junho, a probabilidade de crise aguda aumentou exponencialmente: de 0,1% em janeiro para 2,0% em maio e 4,9% em junho.

Já a probabilidade de crise intermediária, em janeiro deste ano, era de 10,5%; cinco meses depois, em junho, a probabilidade de crise intermediária subiu para62,7%, um aumento de 597%. A possibilidade de crise leve ou dentro da normalidade despencou de 89,3% em janeiro para 32,4% em junho.

O Termômetro marcou 4,8 pontos em junho, o maior índice registrado neste ano. Em comparação ao mês de março, por exemplo, o número dobrou: de 2,4 para 4,8 pontos. O número elevado do mês de junho demonstra uma alta instabilidade nos negócios das MPI’s.

*Imagem disponível para download no fim do e-mail.

Risco de fechamento das empresas

A pesquisa identificou que para a ampla maioria dos empresários, cerca de 90%, a crise está afetando seus negócios e seis em cada dez (64%) dirigentes afirmam que a empresa corre de risco de fechamento nos próximos meses.

A pesquisa também ponderou a expectativa das empresas sobre a retomada do crescimento da economia. O sentimento de que “a crise ainda é forte, afeta muito os negócios, e não dá para prever quando a economia voltará a crescer” atingiu 69% dos empresários no mês de junho. O sentimento é o pior desde o início de 2018: em janeiro a expectativa era de 49%.

Já a expectativa de que “a crise está mais fraca, afeta um pouco os negócios, e a economia já deve voltar a crescer nos próximos meses” caiu de 48% em janeiro para 29% em junho.

Termômetro da crise

O Termômetro da Crise apresenta a temperatura do momento econômico presente, sendo que quanto maior a temperatura, maior a probabilidade de agravar a situação das MPI’s.

O estudo sobre a série histórica do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, realizado nos últimos cinco anos e denominado Termômetro da Crise, traça um panorama desde o período pré-crise, passando pela recessão, até o cenário atual.

A Pesquisa

O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como sinalizador de tendência. É importante salientar que 42% das MPIs de todo Brasil estão em de São Paulo.

A íntegra das 64 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível no site da entidade (http://www.simpi.org.br).


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