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Acordo de proteção entre os países produtores chegou ao fim e a tendência é que os preços despenquem
A partir desta quarta-feira, 1º de abril, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia poderão produzir o volume de óleo que bem entenderem.
O acordo que ficou conhecido como Opep+, que previa controle da produção pelos envolvidos e consequente alinhamento das cotações da commodity, acabou nesta terça-feira, 31.
Com isso, sobram incertezas acerca do futuro das petroleiras ao redor do mundo, afinal, a tendência é de um longo período de preços em baixa.
O impacto de curto prazo virá no balanço das empresas referente ao primeiro trimestre.
Com os preços do Brent (referência do mercado) oscilando entre 20 e 25 dólares — queda de mais de 60% desde o início do ano –, o caixa das petroleiras será brutalmente impactado.
Analistas já apontam que não é impossível um cenário de barril cotado a 10 dólares.
Nesta quarta-feira, o preço do barril Brent caía 1,27% às 6h30, cotado a 20,22 dólares. Mais cedo, chegou a beirar os 20 dólares.
No caso da Petrobras, o efeito do petróleo barato ocorre em duas pontas. De um lado, a receita com exportações vai cair sensivelmente.
Entidades como a Agência Internacional de Energia e a própria Opep já estão prevendo queda da demanda global pela primeira vez em dez anos. Com isso, o faturamento cairá naturalmente pelos volumes menores.
Por outro lado, a Petrobrás é uma grande importadora de petróleo para refino. Isso porque as refinarias do país têm condições de processar somente óleos mais “leves”, que vêm de fora e são misturados ao petróleo daqui.
Neste sentido, o impacto na companhia seria minimizado, mas não o suficiente para prevenir grandes estragos no caixa.
(Fonte: Exame)