Tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de bexiga, segundo estudos

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  • Publicado em 17 de julho de 2017 às 11:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:16
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Especialistas afirmam que o ato causa cerca de metade dos casos da doença, que em 2016 atingiu 9.760 pessoas

Além
de ser considerada a principal causa de morte evitável em todo o mundo, pela
OMS (Organização Mundial da Saúde), o
tabagismo
também é causador de diversos tipos de câncer, entre eles o de bexiga – que,
somente em 2016, atingiu 9.760 pessoas no Brasil, segundo dados do INCA
(Instituto Nacional do Câncer) e, por essa razão, julho é considerado o mês de
conscientização da doença. Segundo especialistas, metade dos casos da neoplasia
é atribuída ao consumo do tabaco.

“A
fumaça inalada pelos fumantes contém alguns carcinógenos que são absorvidos
pelos pulmões, entram e são transportados pelo sangue, filtrados pelos rins e,
por fim, concentram-se na urina. Estas substâncias podem danificar as células
da bexiga, aumentando consideravelmente os riscos de câncer no órgão”, explica
Diocésio Andrade, oncologista do Grupo Oncoclínicas/InORP (Instituto Oncológico
de Ribeirão Preto).

Outros
fatores

Além
do tabagismo, outros fatores também são considerados de risco para o
desenvolvimento da doença, como a exposição ocupacional (certos produtos
químicos industriais têm sido associados ao tumor), idade (cerca de 90% das
pessoas diagnosticadas com a doença têm mais de 55 anos), gênero, irritação crônica e
infecções, histórico familiar, baixo consumo de líquidos, entre outros.

“Caso
o paciente note alterações como dor, sangramento e necessidade frequente de
urinar (mas sem conseguir fazê-lo), ele deve procurar um especialista, pois
estes são alguns dos sinais de alerta para diferentes doenças do aparelho
urinário, incluindo o câncer de bexiga”, alerta o oncologista.

Tipos
de câncer

A
neoplasia pode ser dividida em três tipos, que começam nas células que revestem
a bexiga: a de células de transição (representa a maioria dos casos e tem
início nas células do tecido mais interno do órgão); de células escamosas (que
começa nas células finas e planas da bexiga); e o adenocarcinoma (atinge as
células que produzem e liberam muco e outras substâncias). Os dois últimos
podem se formar depois de um longo período de irritação ou inflamação.

Prevenção

“Uma
vida saudável, fisicamente ativa e com uma alimentação equilibrada – rica em
frutas, legumes e verduras – são essenciais para prevenção de diferentes tipos
de câncer, e não é diferente com o tumor na bexiga”, finaliza Diocésio Andrade.


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