Surto de doença faz Prefeitura de Franca suspender aulas em creches

  • Entre linhas
  • Publicado em 27 de março de 2019 às 19:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:28
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Vários casos da síndrome mão-pé-boca estão sendo registrados e prédios passarão por higienização

Doença ocorre nas crianças com menos de 5 anos, mas pode acometer adultos, que são transmissores assintomáticos

A Prefeitura de Franca decidiu após avaliação conjunta das equipes das Secretarias da Educação e Saúde, setores de Creche e Vigilância Epidemiológica, suspender as aulas na rede de Creches Municipais em razão de casos registrados da síndrome mão-pé-boca. Nessa data as unidades passarão por uma higienização geral e como permanecerão fechadas nos dois dias seguintes, sábado e domingo, haverá tempo suficiente para eliminação do vírus da doença.

     A respeito da situação, a Vigilância divulgou nesta quarta-feira, 27 de março, um informativo sobre a doença, confira:

Síndrome mão-pé-boca

    É uma doença infecciosa viral contagiosa cujos principais sintomas são: febre alta, surgimento de manchas vermelhas na boca externamente, amígdalas e faringe, e erupção de pequenas bolhas especialmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

    A doença mão-pé boca é provocada pelo vírus Coxsackie (família dos enterovírus) presentes habitualmente no nosso sistema digestivo e podendo provocar estomatites (aftas no interior da boca).

   Embora seja possível o acometimento de adultos, ela é mais comum na infância, em especial antes dos 05 anos de idade.

Características da doença mão-pé-boca:

Febre alta antes do surgimento das lesões;

Boca, amígdalas e orofaringe com manchas vermelhas com vesículas claras que podem evoluir para úlceras dolorosas;

Pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que podem ocorrer também nas nádegas e na região genital.

A transmissão se dá pela via fecal-oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados.

Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente um mês.

Sintomas

   O período de incubação varia de 1 a 7 dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum por exemplo.

   Quando a sintomatologia típica da doença mão-pé-boca se instala, a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta e gânglios aumentados (em alguns casos), e ainda mal-estar, falta de apetite, vômitos ou diarreia. Por causa da dor, há dificuldade para engolir e muita salivação.

É preciso ter cuidado para manter a criança bem hidratada e recebendo alimentação adequada.

Diagnóstico

    É clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões.

    É muito importante fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites com aftas e bolhas na pele.

Tratamento

    Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias.

    Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.

   O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, mesmo com a dor de garganta.

Recomendações

    Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes.

   Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir; já os alimentos ácidos, muito quentes e condimentados são mais difíceis;

   Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;

   Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção, em torno de 07 dias;

   Lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada.

   O uso de álcool gel inativa os vírus e é altamente recomendado para a interrupção da transmissão, contudo não substitui as lavagens periódicas das mãos pelos profissionais que lidam com as crianças e cuidadores dos pacientes.

    Limpeza de superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e então desinfetando com uma solução a base de alvejante com cloro/água sanitária (feita com uma colher de sopa do produto adicionada à 4 copos de água);


+ Saúde