Supermercados e lojas em Franca têm dificuldades com falta de moedas

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 11 de agosto de 2020 às 10:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:05
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A falta de moedas para troco consiste num dos maiores gargalos do varejista na atualidade

A falta de moedas nos estabelecimentos tem sido um problema recorrente e que se tornou ainda mais presente durante a pandemia do coronavírus

Independente da forma como você resolve no seu negócio, o problema impacta de várias maneiras. Seja fila para o cliente, questões legais, produtividade ou segurança de sua empresa.

Em 2017, o Banco Central estimou que 35% das moedas produzidas no Brasil desde 1994 estão fora de circulação. Isso significa que R$ 1,4 bilhão em moedas está guardado.

Ao mesmo tempo, há um custo alto para a produção delas. Uma moeda de R$ 0,05, por exemplo, tem um custo de R$ 0,31. Ou seja, a realidade é algo que o varejista observa bem: a conta não fecha e as moedas não chegam.

A falta de moedas nos estabelecimentos tem sido um problema recorrente e que se tornou ainda mais presente durante a pandemia do coronavírus.

O comerciante, Carlos José Pereira, do Supermercado Serv Pag Pereira, explicou que já está difícil trabalhar com a ausência de moedas.

“O consumidor está deixando de pagar suas despesas com moedas. E isso tem retirado a moeda do mercado”, disse.

Antônio Sebastião, proprietário de uma loja de materiais de construção no Jardim Redentor, ressaltou que tem reduzido os valores de seus ítens quando o consumidor adquire produtos com preços fracionados.

Segundo o diretor da Associação Paulista de Supermercados (APAS) da regional de Ribeirão Preto, da qual Franca faz parte, Rodrigo Canesin, as lojas fazem com reforço com as operadores de caixa para captação de moedas junto aos clientes. 

]“Alguns supermercados oferecem brindes em troca de um valor em moedas. Também orientamos a utilização das redes sociais das lojas para sensibilizar os consumidores a usarem moedas como forma de pagamento. Outra medida é pedir apoio aos bancos para abastecimento de moedas”, disse Canesin.

Já a rede Savegnago de Supermercados promove, desde junho de 2019, a campanha Moeda Solidária em suas 48 lojas e postos de combustíveis. 

Esta ação contínua tem ajudado a rede a enfrentar o problema da falta de moedas, mas principalmente fazer o bem ao próximo, já que o objetivo da campanha é arrecadar doações em dinheiro às entidades filantrópicas das cidades em que atua. 

COFRINHO

Segundo o Banco Central, mais de 19% da população guarda moedas em casa por mais de seis meses. Além disso, 56% usam o dinheiro guardado no cofrinho para fazer compras e realizar pagamentos.

Para evitar a quebra de caixa dos estabelecimentos, muitos comércios optam por criar promoções, descontos ou oferecem brindes para clientes que trocarem ou pagarem suas compras com moedas no local.

Vale ressaltar que a saída escolhida por alguns comerciantes exige engajamento do público e tempo dos funcionários.

Além disso, ao oferecer um brinde o custo sairá do bolso do próprio negócio. Por isso, criar uma campanha bem elaborada pode ser vantajosa para chamar a atenção do consumidor, fazendo com que ele utilize mais moedas durante as compras. 


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