SP orienta municípios a prorrogar ações de combate ao Aedes aegypti

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 20:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:12
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Cidades devem prosseguir com as ações da campanha “Todos juntos contra o Aedes aegypti”

A Secretaria de Estado da Saúde
de São Paulo orienta os municípios paulistas a prosseguirem com as ações de
combate ao Aedes Aegypti por, pelo menos, mais uma semana, reforçando a
campanha estadual “Todos juntos contra o Aedes aegypti”.

A estratégia segue a orientação
do Ministério da Saúde para que as medidas de combate ao transmissor da dengue,
zika e chikungunya, sejam realizadas até o dia 8 de dezembro, quando deve
ocorrer um segundo ‘Dia D’ no país. A finalidade é mobilizar sobretudo as
cidades que estão com índices elevados de proliferação do mosquito (confira
relação abaixo).

Ações educativas e varreduras de
espaços públicos para prevenção das doenças e do controle do vetor podem e
devem ser continuadas em todas as áreas, em especial os imóveis públicos. Os
municípios têm a recomendação para fazer as atividades conforme a necessidade
de cada local, incluindo medidas como distribuição de materiais informativos e
educativos, rodas de conversas e oficinas, a fim de estimular e conscientizar a
população quanto à importância da retirada e eliminação dos criadouros
existentes nas casas.

Durante a Semana Nacional
de Mobilização contra o Aedes Aegypti, realizada entre os dias 26 e 30 de
novembro, além das atividades programadas por cada Prefeitura, houve ênfase no
trabalho de campo para combater a proliferação do mosquito em áreas públicas,
com apoio de órgãos públicos em geral.

O primeiro ‘Dia D’ de combate ao
mosquito foi na sexta-feira, 30 de novembro, com a intensificação do trabalho
de campo, com atuação de agentes públicos e sociedade civil, sobretudo em
municípios e áreas com maiores índices de infestação.

As atividades realizadas no
decorrer da campanha foram coordenadas intersecretarialmente pela Sala de
Comando e Controle Estadual das Arboviroses, com trabalho de campo e orientação
da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). “É fundamental trabalharmos
para eliminar os potenciais criadouros do Aedes aegypti, de forma eliminar as
possibilidades para o mosquito se reproduzir no período de verão e de chuvas.
Contamos com o apoio de toda a população para trabalharmos juntos nessa
tarefa”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Marco
Antonio Zago.

Cenário

Balanço realizado pela
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com base nos dados informados pelos
municípios paulistas por intermédio do Sinan (Sistema de Informação de Agravos
de Notificação), mostra que o número de casos de dengue no Estado caiu 99% em
dois anos: de 678.031 em 2015, para 162.497 em 2016, e 6.269 em 2017. Em 2018,
até 6 de novembro, foram confirmados 9.181 casos autóctones da doença.

Com relação à chikungunya, SP
registrou, neste ano, 209 casos autóctones. No ano passado inteiro foram
confirmados 354 casos.

Quanto ao zika vírus, foram
confirmados 123 casos autóctones em 2018. Em 2017, foram 121 casos.

Segundo o Levantamento Rápido de
Índices para Aedes aegypti(LIRAa)
realizado entre outubro e novembro, dos 638 municípios avaliados, 406
apresentam situação satisfatória, 190 estão em alerta e 42 em risco (veja a
seguir). A classificação de um local como satisfatório, alerta ou risco é
calculada com base no Índice de Infestação Predial (IIP). Esse indicador
entomológico é calculado pelo número de recipientes com presença de larvas de
Aedes aegypti em 100 imóveis pesquisados, sendo considerados satisfatórios
aqueles com até 1; alerta, de 1 a 3,9; e risco, acima de 3,9.

Municípios em situação de risco
para o Aedes aegypti

Município

IIP

ADOLFO: 4,1

AGUDOS: 5

ARACATUBA: 5,1

ARCO-IRIS: 10

ARUJA: 6,2

AVAI: 10,3

BEBEDOURO: 4,7

CABRALIA PAULISTA: 4,4

CAFELANDIA: 4,7

CAJATI: 4,1

CANDIDO MOTA: 4,9

CASSIA DOS COQUEIROS: 4,5

CONCHAS: 7,3

ELDORADO: 4,2

FLORIDA PAULISTA: 4,3

GALIA: 5,4

GUAIMBE: 7,6

GUARANTA: 6,7

IGUAPE: 6,1

IPIGUA: 4,8

ITUPEVA: 7,5

LUPERCIO: 7,5

NOVA GRANADA: 4,4

OCAUCU: 6,9

OSCAR BRESSANE: 4,1

OURO VERDE: 6,1

PAULICEIA: 5,4

PEDRINHAS PAULISTA: 4,1

PONGAI: 6

PRESIDENTE BERNARDES: 5

RIBEIRAO DO SUL: 4,1

RIOLANDIA: 4,5

ROSANA: 6,6

SALES: 5

SALES OLIVEIRA: 9,4

SANTA MERCEDES: 4,1

SAO JOAQUIM DA BARRA: 4,1

SAO VICENTE: 6

TORRE DE PEDRA: 5,1

TUPA: 5,8

UBIRAJARA: 4

VERA CRUZ: 5,4.


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