Sociedade Brasileira de Pediatria alerta pais sobre presentes de Natal

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de dezembro de 2018 às 15:28
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:15
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Mesmo seguindo todas as orientações e tomando os devidos cuidados, pais ainda devem conferir os brinquedos

A Sociedade Brasileira de Pediatria
divulgou esta semana diversas medidas de segurança com que pais devem se
atentar na hora da compra dos presentes de Natal.

A primeira orientação é observar se o
brinquedo tem selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro) e se a faixa de idade que consta na embalagem é compatível com a da
criança.

Segundo o vice-presidente da SBP,
Edson Liberal, mesmo tendo tomado essas medidas, o médico aconselha que os pais
vejam se o brinquedo não solta nenhuma peça, especialmente se for destinado a
crianças de um a três anos de idade. Outra medida importante é adquirir
brinquedos vendidos em lojas que tenham controle de nota fiscal, porque facilita
que seja um brinquedo garantido.

Para famílias que tenham filhos em
idades diferentes, a SBP orienta os pais a conversar com os filhos maiores para
que eles se tornem parceiros de modo a evitar que os irmãos menores brinquem
com produtos que tenham peças reduzidas.

Armas
x brinquedos

Edson Liberal afirmou também que as
pessoas devem evitar dar às crianças e adolescentes brinquedos como armas. “O
brinquedo tem que ser uma coisa lúdica. Uma arma não se entende como uma coisa
lúdica. As pessoas devem ser desestimuladas a comprar armas como brinquedos,
porque não estabelecem uma afetividade, uma relação boa com outras pessoas.
Então, de preferência, não dar”.

Ele descartou também que brinquedos
com pontas, como lanças, podem ferir os olhos das crianças e jovens, evoluindo
às vezes para problemas como catarata. Tem uma série de contraindicações.
“Deve-se evitar.”

Em relação às bicicletas, a
recomendação é que as pessoas deem o brinquedo junto com itens de proteção,
como capacete, protetores de mão, de cotovelos, de joelhos. “Tem todo um
paramento para a criança andar de bicicleta”. Do mesmo modo, ele disse que o
espaço onde a criança vai brincar tem que ser o mais seguro possível.

O vice-presidente da SBP disse que
brinquedos eletrônicos são bons porque ajudam no desenvolvimento da criança,
mas alerta os pais para a necessidade de compartilhar esse momento. “É preciso
que haja interatividade. O brincar é fundamental; mas com interatividade junto
com pai, com a mãe, ou com uma pessoa da família. Brincar em conjunto. Não
deixar a criança isolada com seu brinquedo.”

Riscos

Segundo o Sistema Inmetro de
Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), os artigos da linha infantil
respondem por 13% dos relatos recebidos entre os anos de 2006 e 2015. Desses,
28% estão relacionados a brinquedos.

O Sinmac mostra, ainda, que
escoriações e arranhões são as principais lesões causadas por brinquedos, com
18%; seguidos dos cortes (16%) e entorses e sufocamentos, ambos com 8% dos
relatos registrados. Entre as partes do corpo mais atingidas, estão a mão, com
19%; o pé (13%); o rosto (11%) e órgãos internos (8%).


+ Serviços