SÍNDROME DA HIPERMOBILIDADE ARTICULAR

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de junho de 2017 às 11:39
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:13
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​Também chamada de frouxidão ligamentar generalizada, esta síndrome atinge entre 10 e 30% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres.

A síndrome da hipermobilidade articular se caracteriza quando uma pessoa apresenta grande flexibilidade, onde realiza movimentos com amplitudes que vão além do normal, podendo causar lesões articulares, como distensões e luxações etc.

Geralmente, a causa desta síndrome tem origem genética, onde há uma falha nos genes responsáveis pela produção do colágeno, que é uma proteína responsável pela elasticidade de órgãos, músculos e tendões. Existem casos onde a síndrome pode ser ocasionada após um trauma, como uma pancada ou um acidente, onde na maioria das vezes gera uma frouxidão ligamentar localizada, e não generalizada.

Alguns testes podem identificar esta síndrome, através de movimentos realizados que são pontuados de 0 a 9, onde uma pontuação de 4 ou 5 já pode determinar a presença desta síndrome. Este sistema de pontuação é conhecido como score de Beighton.

Os sintomas desta síndrome são dores articulares após alguma atividade física e a noite, onde consequentemente influencia no sono. Algumas pessoas podem apresentar incontinência urinária devido ao amolecimento das articulações do assoalho pélvico, e também episódios de fibromialgia.

A síndrome da hipermobilidade articular não mata, porém como afeta a produção de colágeno, e esta proteína está presente em alguns órgãos, o amolecimento destes pode acarretar problemas mais sérios, como síndrome de Marfan e outros. Por isso, procure rapidamente um médico.

OBS.: A Síndrome de Marfan é uma doença congênita hereditária do tecido conjuntivo afetando cerca de 1 em cada 10.000 pessoas e caracterizada por anormalidades dos olhos, ossos e sistema cardiovascular em graus e aspectos variáveis. As alterações nestes órgãos inclui dentre os vários problemas: miopia, descolamento da retina, hipermobilidade das articulações, estatura elevada, dedos longos (aracnodactilia), desvio da coluna, e lesões da artéria aorta.

Fonte: Marfan Brasil (www.marfan.com.br)

O tratamento desta síndrome envolve uma série de ações. A primeira delas é o auto cuidado, ou seja, quem tem essa condição precisa tomar cuidado com os movimentos que faz, sempre prestando atenção na amplitude dos mesmos, evitando exageros. Outra ação é o tratamento combinado entre fisioterapia e o condicionamento físico geral numa academia ou com personal trainer.

No que diz respeito ao condicionamento físico geral, esta parte do tratamento é importante para que se fortaleça os músculos com o intuito de proteger as articulações. Além disso, os exercícios de propriocepção são indicados, pois melhoram a estabilidade articular. Quem tem esta síndrome e está acima do peso, exercícios aeróbios de baixo impacto são recomendados, como caminhar, nadar e pedalar.

Para saber mais sobre esse assunto, você pode entrar em contato por e-mail, visitar meu blog ou acessar as minhas redes sociais (Facebook, YouTube e Instagram).

Até a próxima e vamo treinar!!


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